Carnaval em Salvador/Ba - melhor do mundo


Fonte: Wikipedia
Carnaval de Salvador é a maior manifestação popular do Mundo. Onde bate recordes contando com cerca de 2.700.000 (dois milhões e setecentos mil) de foliões em 07 dias de festa, que festejam em três principais circuitos: Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Barra Avenida- Campo Grande) e Batatinha (Centro Histórico).
Entre fevereiro e março ocorre o tão esperado Carnaval de Salvador/Ba. Durante sete dias, da quarta-feira até a manhã da quarta-feira de Cinzas, acontece a maior festa do mundo em participação popular, que toma toda a cidade de foliões, vestidos nos abadás e becas dos blocos preferidos ou com fantasias e pulando como "pipoca" atrás dos trios independentes, rumo aos diversos circuitos do carnaval. Os foliões chamados de "pipocas" são aqueles que não têm condições de pagar por uma fantasia e sair dentro de um bloco e acabam pulando o tempo todo fora das cordas que circundam os trios-elétricos. Existe o circuito central, do Campo Grande  à Praça Castro Alves; outro, na orla, sentido Barra/ Ondina ; e o mais tradicional, do Pelourinho à rua Chile, no Centro Histórico. Neste circuito, o forte é a música das bandinhas de sopro e percussão, os afoxés, blocos afros e os fantasiados e, nos demais, desfilam os grandes blocos, com os possantes trios elétricos, uma criação dos baianos Dodô e Osmar que virou mania em todo o Brasil.
Guitarra Baiana ou Pau elétrico: Instrumento criado por Dodô e Osmar para evitar a microfonia existente no violão elétrico utilizando o cêpo maciço que possibilitava a reprodução do som de forma perfeita. Inspirado no violão elétrico docarioca Benedito Chaves, o pau elétrico ou guitarra baiana possibilitou o desenvolvimento de uma nova forma de “fazer carnaval”.
 Trio elétrico - 60 anos: As origens do trio elétrico remontam à "dupla elétrica", formada por Adolfo Antônio Nascimento(Dodô) e Osmar Álvares de Macêdo(Osmar) - que resolveram restaurar um velho Ford Bigode 1929, guardado numa garagem. No Carnaval do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "paus elétricos" em cima do carro e com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às cinco horas da tarde do domingo de Carnaval, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
O nome "trio elétrico" surgiu em 1950, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" convidou o amigo e músico o arquiteto Temístocles Aragão para integrar o trio e tocar nas ruas de Salvador numa picape Chrysler em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico". Osmar tocava a famosa "guitarra baiana", de som agudo; Dodô era responsável pelo "violão-pau-elétrico", de som grave, e Aragão, pelo "triolim", como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.
Ao longo das décadas sucessivas em que o trio saía nas ruas das cidades baianas, foi evoluindo cada vez mais.
Também invenção baiana, as micaretas trataram de ampliar a utilização deste equipamento, havendo hoje na Bahia uma verdadeira indústria para a confecção, manutenção, comércio e aluguel dos trios.
É, ainda, importante veículo para lançamento de novos artistas.
No ano de 1983, um trio elétrico construído na Itália foi inaugurado na Pizza Navona diante de 80 mil pessoas embaladas ao som da banda de Armandinho, Dodô e Osmar trieletrizado o "Império Romano", sendo esta a primeira vez que um trio elétrico tocou fora do Brasil.
No ano de 1985, convidados pelos estudantes da Universidade de Toulouse, na França, a banda Armandinho, Dodô e Osmar mais uma vez foi à Europa para fazer a festa do carnaval para mais de 100 mil pessoas na cidade de Toulose.
Ele é comum sua presença em Nova York, em Portugal e Espanha, como marco da cultura brasileira, festeira e musical.
atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1968  na canção "Atrás do Trio Elétrico". Mais tarde, Morais Moreira, dos Novos Baianos, teria a ideia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afro: Filhos de Gandhi (do qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Aiyê, Muzenza, Araketu e Oludum. Eles tocavam ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.
Curiosidades :
A banda Chiclete com Banana chama para si a idéia de colocar caixas de som em torno de todo o trio elétrico - uma inovação que hoje faz parte da verdadeira "cidade elétrica" (dado o imenso consumo de energia) em que se tornou o trio.
Os Trios Eletricos eram montados sobre caminhões trucks, no final dos anos 90 Arcenio Oliveira do Trio Eletrico TOP 69 teve a ideia de montar sobre uma prancha de reboque o Trio Eletrico para ser puxado por um cavalo mecanico criando assim o primeiro Trio Eletrico carreta do país. Na epoca muitos comentaram que não daria certo a ideia.
Ano seguinte, os grandes Trios Eletricos Independentes começaram a tirar suas carrocerias dos caminhões trucks e coloca-las sobre a prancha de reboque.
No começo do século XXI, Carlinhos Brown reivindica para si uma brincadeira que tinha, como tudo no Carnaval baiano, virado moda: a "volta no trio".
Afoxé: No Estado da Bahia, o afoxé é formado principalmente por pessoas ligadas aos preceitos do candomblé. Tendo como a sua manifestação carnavalesca o resgate da herança cultural africana em seu ritmo, língua e vestimenta.
Bloco afro: O bloco afro é um grupo carnavalesco que traz em suas músicas, vestimentas e origem étnica a herança africana.
Axé music: 25 anos em 2010. O Axé Music é um ritmo baiano que nasce da mistura de ritmos no carnaval de Salvador. Fruto principalmente da fusão do frevo e do afoxé.
Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley nos ouvidos, o Oludum criou um ritmo próprio que misturava Axé, Música Latina, reggae e também Música Africana, estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador dos anos de 1980 com artistas como Lazzo, Tonho Matéria, Gerônimo e Banda Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá passavam férias. Logo, Luiz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a ideia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1985 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: "Fricote", gravado por Luiz Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores em mistura de alta octanagem.
Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Lazzo, Banda Reflexus(do sucesso Madagascar Olodum),  Sarajane, Cid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa), Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos-afro e trios elétricos), Banda Cheiro de Amor (com Márcia Freire e Margareth Menezes a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Talking Heads, David Byrne). Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The Rhythm of The Saints.

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