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Dia 02 de fevereiro - Festa de IEMANJÁ

Fonte: História
Festa de Iemanjá do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares e valorizadas do ano, atrai às praias do Rio Vermelho (SalvadorBahia) uma multidão imensa de fiéis e admiradores. Na ilha de Itaparica por ser um pouco afastada de Salvador, é feita pelos moradores e apreciada pelos visitantes da ilha de salvador.
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Festa no Rio Vermelho
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à Iemanjá, esta celebração é uma instituição contemporânea que vem provocando imitações no Rio de janeiro e Recife.O motivo da data explica P. Verger, seria pela influência do sincretismo de Oxum com Nossa Senhora das Candeias que é celebrada nesse dia, este outro orixá relacionado às águas doces é presenteado antes do tradicional presente de Iemanjá no dique do Tororó, a meia noite do início do dia das festividades,onde segundo Edison Carneiro eram feitas inicialmente as oferendas a Iemanjá.A festa que teria surgido quando a celebração do presente de Iemanjá no candomblé migrou do Dique do Tororó para o mar em 1924, viria a substituir a tradicional festa de Sant'Ana, que ainda é celebrada pelos pescadores que segundo S. Blass, "participam da missa no dia 29 de junho, em homenagem a São Pedro, realizada na vizinha Igreja Católica de Sant’ Ana, também localizada na praia do Rio Vermelho." A Casa do Peso, importante no festejo, é localizada próxima a Igreja desse culto católico predecessor,é nela que são depositados objetos e instrumentos utilizados pelos pescadores na sua rotina de ofício, e as balanças utilizadas para a pesagem da pescaria. Nesse mesmo casebre há um lugar reservado para o culto à Iemanjá, "No primeiro cômodo da casa existem várias imagens de Iemanjá, água, pedras, búzios e flores. No mesmo espaço os fiéis acendem velas. Do lado de fora, logo em frente, vê-se uma sereia.", registra S. Couto.
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O culto de Sant'Ana que lhe serviu de base, ocorria anualmente numa data móvel geralmente entre os meses de janeiro e fevereiro, teve início em 1823, a festa que possuía grande liberdade na sua organização por parte dos jangadeiros passaria por sérias modificações.S. Couto a respeito da mudança de festejos registra: "O processo de transformação foi lento e promovido por diferentes fatores. A Romaria dos Jangadeiros foi modificada, em parte, pela chegada dos veranistas à localidade durante a segunda metade do século XIX e a festa religiosa foi carnavalizada. Mas seria injusto colocar toda a culpa das mudanças nos recém-chegados. É provável que a essa altura a lenda da aparição de Sant’Ana aos pescadores já tivesse perdido o significado e a motivação inicial para a realização dos festejos, fazendo com que aceitassem a interferência externa. Ainda há que se levar em consideração outros fatos importantes. Uma série de conflitos ideológicos, existentes nas primeiras décadas do século XX entre as novas orientações do clero e os costumes dos pescadores vinculados ao Candomblé, também favoreceu as mudanças." Com a criação da Paróquia de Sant'Ana em 1913 já fica bem evidente a perca de espaço e autonomia na arrumação da igreja e dos festejos, a repressão de costumes ocorre com a supervisão de um padre permanente, o que acarretaria em sérios conflitos, lenta decadência do culto a Sant'Ana já é perceptível.
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Em 1930, quando o padre da sua igreja recusa-se a celebrar a missa, durante a discussão a manifestação do sermão do sacerdote quanto ao que ele considerava como práticas ignorantes, referindo-se diretamente aos presentes a uma mulher com rabo de peixe, teria deixado os pescadores ofendidos ao ponto que os antigos moradores da praia do Rio Vermelho em represálias, deixaram de pedir a celebração da missa no dia da entrega dos presentes, e assumiram os aspectos do culto da Rainha do Mar, que somente seria denominado como Festa de Iemanjá em 1960. Vallado evidencia a perda gradual do caráter religioso da festa. Desde então a Igreja de Santana, localizada no mesmo local da festa, sempre mantém as portas fechadas no dia 2 de fevereiro.
Hoje em dia as homenagens a essa orixá começam de madrugada, com devotos do candomblé, da umbanda e do catolicismo colocam as ofertas e bilhetes com pedidos em balaios que serão levados para o alto mar. Esses balaios são levados por cerca de 300 embarcações, com o saveiro com a oferenda dos pescadores sempre a frente do cortejo.
As pessoas independente de religião comemoram do mesmo jeito, levando flores, perfume, champanhe, velas, mas tem gente que nunca ouviu falar da lenda da Iemanjá.
A festa tem a finalidade de agradar a rainha do mar, na esperança que ela possa abençoar cada vez mais os pescadores.

Festa no Rio de Janeiro

A festa de Iemanjá no Rio de Janeiro é comemorada por todos os bairros, em terreiros. No candomblé a homenagem ocorre dia 2 de fevereiro, na umbanda ocorre no dia 15 de agosto e em 31 de dezembro é festejada por todas as pessoas que comemoram a passagem do ano nas praias. Em todas as datas de comemoração, fieis e simpatizantes pulam sete ondas, acendem velas e colocam flores brancas em barquinhos, e os lançam ao mar. No último dia do ano o número de participantes da festa se torna relativamente maior.

Festa em São Paulo

A festa de Iemanjá no estado de São Paulo é feita na Baixada santista em quase todas as praias do litoral paulista. No dia 2 de fevereiro pelo povo de candomblé, no dia 15 de agosto pela umbanda, e 31 de dezembro por pessoas de várias religiões que querem homenagear a Orixá, chamada de Iemanjá.


Casamento, uma invenção cristã

Fonte: História
A união indissolúvel, celebrada por um sacramento, substituiu antigos costumes de poligamia, provocando grande mudança nos hábitos europeus. Em 392, o cristianismo foi proclamado religião oficial. Entre 965 e 1008 eram batizados os reis da Dinamarca, Polônia, Hungria, Rússia, Noruega e Suécia.


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Desses dois fatos resultou o formato do casamento, em princípios do ano 1000, com uma face totalmente nova. Durante o Sacro Império Romano Germânico - que sucedeu ao desaparecido Império Romano -, dirigido por Oto III de 998 a 1002, houve uma fabulosa transformação das sociedades urbanas romanas e das sociedades rurais germânicas e eslavas. As uniões entre homens e mulheres eram, então, o resultado complexo de renitências pagãs, de interesses políticos e de uma poderosa evangelização.
"Amor: desejo que tudo tenta monopolizar; caridade: terna unidade; ódio: desprezo pelas vaidades deste mundo." Esse breve exercício escolar, escrito no dorso de um manuscrito do início do século XI, exprime bem o conflito entre as concepções pagã e cristã do casamento. Para os pagãos, fossem eles germânicos, eslavos ou ainda mais recentemente vikings instalados na Normandia desde 911, o amor era visto como subversivo, como destruidor da sociedade. Para os cristãos, como o bispo e escritor Jonas de Orléans, o termo caridade exprimia, com o qualificativo "conjugal", um amor privilegiado e de ternura no interior da célula conjugal. Esse otimismo aparecia em determinados decretos pontificais, por meio de termos como afeto marital (maritalis affectio) ou amor conjugal (dilectio conjugalis). Evidentemente, o ideal cristão era abrir mão dos bens deste mundo desprezando-os, o que constituía um convite ao celibato convencional.

A Europa pagã, mal batizada no ano 1000, apresentava portanto uma concepção do casamento totalmente contrária à dos cristãos. O exemplo da Normandia é ainda mais revelador, por ser muito semelhante ao da Suécia ou da Boêmia. Os vikings praticavam um casamento poligâmico, com uma esposa de primeiro escalão que tinha todos os direitos, e com esposas ou concubinas de segundo escalão, cujos filhos não tinham nenhum direito, a menos que a oficial fosse estéril, ou tivesse sido repudiada. As cerimônias de noivado organizavam a transmissão de bens, mas não havia casamento verdadeiro a não ser que tivesse havido união carnal. Na manhã da noite de núpcias, o esposo oferecia à mulher um conjunto muitas vezes bastante significativo de bens móveis. Ele era chamado de presente matinal (Morgengabe), que os juristas romanos batizaram de dote. Portanto, o papel da esposa oficial era bem importante, sobretudo se ela tivesse muitos filhos, já que o objetivo principal era a procriação.

Essas uniões eram políticas e sociais, decididas pelos pais. Tratava-se de constituir unidades familiares amplas, no interior das quais reinasse a paz. Por isso, as concubinas de segundo escalão eram chamadas de Friedlehen ou Frilla, ou seja, "cauções de paz". Na verdade, elas vinham de famílias hostis de longa data. A partir do momento em que o sangue de ambas as famílias se misturava, a guerra já não era mais possível. Assim, as mães escolhiam as esposas dos filhos, ou os maridos, das filhas, sempre nos mesmos grupos clássicos, a fim de salvaguardar essa paz. Se uma esposa morresse, o viúvo se casaria com a irmã dela. Dessa forma, pouco a pouco as grandes famílias tornavam-se cada vez mais chegadas por laços de sangue (consanguinidade), pela aliança (afinidade) e, finalmente, completamente incestuosas. Acrescentemos a esse quadro as ligações entre os homens, a adoção pelas armas, o juramento de fidelidade e outras ligações feudais que triunfaram no século X como um verdadeiro "parentesco suplementar", segundo a expressão de Marc Bloch, e teremos a prova de que esses casamentos pagãos não deixavam nenhum espaço livre para o sentimento.


Amor subversivo

Assim, quando o amor se manifestava, ele só podia ser adúltero, ou assumir a forma de um estupro, maneira de tornar o casamento irreversível, ou de um rapto mais ou menos combinado entre o raptor e a "raptada", a fim de ludibriar a vontade dos pais. Nesses casos o amor era efetivamente subversivo, uma vez que destruía a ordem estabelecida. Ele se tornava sinônimo de morte e de ruína política, como prova o romance, de fundo histórico verdadeiro, Tristão e Isolda, transmitido oralmente pelo mundo europeu de então - celta, franco e germânico. Tristão, sobrinho do rei e seu vassalo, cometeu ao mesmo tempo incesto, adultério e traição para com o rei Marco, o marido de Isolda. Aliás, ele mesmo diz, após seu primeiro encontro: "Que venha a morte". Nas sociedades antigas, obcecadas pela sobrevida, a vontade de potência, de poder, era mais importante do que a vontade de prazer, pois aquelas tribos de imensas famílias não conheciam nenhuma limitação administrativa ou externa.
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Esse quadro deve ter sido abrandado pelo fato de eles terem estado em contato com países cristãos, ou povos de regiões mergulhadas no cristianismo, como por exemplo os normandos batizados do século X. Em decorrência, duas estruturas coexistiam, mais ou menos confundidas. Por volta do ano 1000, o bispo da Islândia teve muita dificuldade para separar um chefe de tribo, já casado, de sua concubina, especialmente porque ela era sua própria irmã - fato que sustentava a opinião de que seu irmão, o bispo, não passava de um tirano. Nos séculos X e XI, os duques da Normandia tinham dois tipos de união, regularmente: uma esposa oficial, franca e batizada, e uma ou várias concubinas.
Guilherme, o Conquistador, que tomou a Inglaterra em 1066, tinha o codinome de bastardo, por ter nascido de uma união desse tipo. À entrada de Falésia, seu pai, Roberto, o Demônio, teve a atenção chamada por uma jovem que, no lavadouro da cidade, calcava a roupa com os pés, nua como suas companheiras de tarefa, para melhor sovar a roupa. Naquela mesma noite, com a autorização de seu pai, Arlette, a jovem, se viu no quarto do duque, usando uma camisola aberta na frente, "a fim de que", nos diz o monge Wace, que contou a história, "aquilo que varre o chão não possa estar à altura do rosto de seu príncipe". Esses amores "à dinamarquesa" demonstram que as mulheres eram livres, com a condição de aceitar uma posição secundária.
Essa duplicidade de situação num mundo ocidental oficialmente cristão, mas ainda pagão, complicou-se quando as mulheres conquistaram poder, algo facilitado pela matrilinearidade das origens germânicas. Algumas incentivavam os maridos a se proclamarem reis, por serem elas de origem imperial carolíngia. Castelãs, senhoras de grandes propriedades, ou mulheres de alta nobreza, elas utilizavam o casamento como trampolim para sua ambição. Em Roma, Marozia (ou Mariuccia) foi mãe do papa João XI, filho de sua ligação com o também papa Sérgio III. Viúva do primeiro marido, Guido da Toscana, meio-irmão do rei da Itália, Hugo, ela convidou este a se casar com ela. Mas Alberico II, seu filho do primeiro casamento, expulsou do castelo de Santo Ângelo onde foram celebradas as núpcias, aquele intruso manipulado por sua mãe.
Punição para a libido
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Aos olhos de inúmeros escritores eclesiásticos, como o bispo Ratherius de Verona, a libido feminina era perigosa e devia ser reprimida severamente. O fato de que velhos países como a Espanha, a Itália e o reino dos Francos, embora cristãos havia já cinco séculos, não tivessem ainda integrado a doutrina do casamento - a ponto, por exemplo, de o rei Hugo ter tido duas esposas oficiais e três concubinas - prova o quanto essa doutrina estava na contramão de seu tempo. E contudo ela fora claramente afirmada e repetida desde que Ambrósio declarara em 390 que "o consentimento faz as bodas". A isso, o Concílio de Ver acrescentara, em 755: "Que todas as bodas sejam públicas" e "Uma única lei para os homens e mulheres".
Reclamar a liberdade do consentimento dos esposos e a condição de igualdade do homem e da mulher era utópico, sobretudo numa sociedade romana patriarcal. Todavia, progressos importantes ocorreram no século X, graças à repetição da apologia do casamento, símbolo da união indissolúvel entre Cristo e a Igreja. Após a atitude irredutível do arcebispo Hincmar e do papa Nicolau I, o divórcio de Lotário II por repúdio a sua esposa Teutberga - devido a sua esterilidade - tornou-se impossível após 869, ano de sua morte. Incompreensível para os contemporâneos, o casamento não se baseava somente na procriação. A aliança era mais importante do que um filho. Mais do que ninguém, longe dos discursos sobre a superioridade da virgindade, Hincmar havia demonstrado que um consentimento livre sem união carnal consecutiva não era um casamento. Ele prefigurava assim a noção de nulidade instituída pelo decreto de Graciano, em 1145. Em decorrência, os rituais, como escreveu Burchard de Worms por volta do ano 1000, traduziam no nível da disciplina do casamento a doutrina otimista dos moralistas carolíngios.
A união carnal, consequência do consentimento entre um homem e uma mulher (e não várias), é o espaço de santificação dos esposos. O ideal de monogamia, de fidelidade e de indissolubilidade tornou-se tanto mais possível porque no final do século X desapareceu a escravidão de tipo antigo, nos países mediterrâneos. Um novo espaço se abria para o casamento cristão, graças ao surgimento do concubinato com as escravas, que não tinham nenhuma liberdade. Essa foi também a época em que as determinações dos concílios tornaram obrigatória a validade do casamento dos não libertos.

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Mas um outro combate chegava a seu ponto culminante no ano 1000: a proibição do incesto. Iniciada a partir do século VI e quase bem-sucedida na Itália, na Espanha e na França, essa interdição enfrentou contudo forte oposição na Germânia, na Boêmia e na Polônia. Proibidos em princípio até o quarto grau entre primos irmãos, os casamentos de consanguinidade e de afinidade foram punidos, e os culpados separados. Mais tarde, a partir de Gregório II (715-735), a proibição foi estendida ao sétimo grau (sobrinhos à moda da Bretanha), assim como aos parentes espirituais (padrinho e madrinha): não haveria mais aliança a não ser com estranhos, com quem fosse outro (Deus ou o próximo de sexo diferente), mas de modo algum com aquele ou aquela com quem já existisse um tipo de ligação.
As consequências sociais de tal doutrina foram incalculáveis. Ela obrigou cada um a procurar um cônjuge longe de sua aldeia e de seu castelo. Acabou por destruir as grandes famílias, de dezenas de pessoas, que viviam sob o mesmo teto, e por favorecer a formação de um grupo nuclear, do tipo conjugal. Ela suprimiu, assim, as sucessões matrilineares e a escolha dos esposos pelas mulheres. A exogamia tornou-se obrigatória. A Europa se abriria para o exterior.
Elogio da virgindade
Na Alemanha, desde os concílios de Mogúncia, em 813, e de Worms, em 868, os casos de casamentos incestuosos mantidos pela obstinação das mulheres eram numerosos. Na Boêmia, o segundo bispo de Praga, Adalberto, grande amigo do imperador Oto III, havia conseguido, em 992, um edito público que o autorizava a julgar e separar os casais incestuosos. Foi um insucesso tão retumbante que ele se desgostou para sempre de sua tarefa episcopal. Preferiu ir evangelizar os prussianos, que o martirizaram em 23 de abril de 997.
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A dinastia dos Oto, que havia restaurado o império em 962 na Alemanha e na Itália, nem por isso deixou de apoiar a Igreja em sua empresa de transformação e cristianização. E suas esposas deram o exemplo, já que Edite (946), Matilde (968) e Adelaide (999) foram consideradas santas. Os clérigos que relataram suas vidas, em particular a de Matilde, insistem não na viuvez ou nos atos de fundação de mosteiros, mas sim no papel de esposa e mãe. Sua santidade provinha essencialmente do casamento e do papel de conselheira, junto a seu imperial esposo. A leitura dos ofícios de passagens da vida de santa Matilde não teve uma influência desprezível sobre as audiências populares.
Se a Alemanha foi então uma frente pioneira na cristianização do casamento, não foi bem esse o caso do reino dos francos. Ema, esposa traída do duque da Aquitânia, Guilherme V, vingou-se de sua rival mandando que ela fosse violada por toda sua guarda pessoal. Berta, filha do rei da Borgonha, mal tendo enviuvado, pousou seu olhar sobre o jovem Roberto, filho de Hugo Capeto, para fazer um casamento hipergâmico.
Esse exemplo é revelador. A legislação da Igreja acerca do casamento cristão ia de encontro à mentalidade da época. E no entanto o amor conjugal de caridade (dilectio caritatis) começava a sobressair ao amor de posse (libido dominandi). Por volta do ano 1000, a expansão urbana e o início do desbravamento e da cultura dos campos permitiram que a família nuclear monogâmica se multiplicasse. As células rurais foram destruídas pela necessidade de ir buscar um cônjuge mais longe. Somente a nobreza e as famílias reinantes mais antigas resistiram, fechadas em suas relações feudais, ao contrário dos recém-chegados ao poder, os Oto, que acolheram e adotaram a doutrina cristã como uma liberação e se lançaram com ousadia na direção do leste, para além do rio Elba, a nova fronteira da expansão europeia.
Dessa forma, da concepção do amor como subversivo e criador de morte passamos à de um amor construtivo, promotor de vida. O desejo foi integrado no casamento com a união carnal, espaço de gozo mútuo. A procriação tornou-se um bem do casamento, entre outros. A poligamia desapareceu. A publicidade do casamento se instalou. As proibições de incesto permitiram que se descobrisse a necessidade de alteridade e a afirmação da diferença sexual como força de construção. Esse momento de otimismo e de vitória sobre o amor de morte pagão, à moda de Tristão, explica o elã prodigioso da Europa no início do ano 1000. Mas ele não iria além do final do século XI. Também por volta do ano 1000, as diatribes de São Pedro Damião e Ratherius de Verona contra o casamento dos padres anunciavam um outro combate que terminaria na reforma gregoriana e no triunfo do celibato convencional.
Em consequência, o elogio da virgindade passou a ser mais e mais preponderante, a ponto de fazer triunfar uma visão pessimista do casamento. Tanto isso é verdade que a história do casamento cristão é feita de alternâncias entre sucessos e crises.


A história obscura do Dia das Mães

Fonte Galileu
O Dia das Mães chega com abraços, flores, chocolates, presentes e almoços deliciosos. Mas poucos sabem que a história da data tem seu lado sombrio. E não, não estamos falando (só) do apelo capitalista “para vender presentes”. 
anna jarvis (Foto: Wikimedia Commons) 
ANNA JARVIS
Apesar de Getúlio Vargas só ter oficializado o dia das mães como um feriado no segundo domingo de maio em 1932, pode-se dizer que o processo para o estabelecimento da data  começou em 1850 nos EUA, quando uma mulher chamada  Ann Reeves Jarvis fundou clubes de trabalho que funcionavam nos chamados “Dia das mães”. A ideia era que as mulheres trabalhassem para melhorar condições sanitárias e diminuíssem a mortalidade infantil. Os mesmos grupos também cuidaram de soldados feridos da Guerra Civil.
Nos anos seguintes, Jarvis passou a organizar piqueniques em “Dias das Mães” para encorajar mais mulheres a participarem na política e promover a paz. Mas foi sua filha, Anna Jarvis, que estabeleceu a data como ela é hoje.Anna nunca teve filhos, mas a morte de sua mãe, em 1905, a inspirou a organizar “Dias das Mães” em homenagem a elas. O Dia das Mães deveria ser uma data na qual filhos devem vistiar suas mães e passar o dia com elas, agradecendo pelos esforços que elas fizeram em sua criação. Mas, apesar de algumas cidades adotarem o feriado no segundo domingo de maio, logo os esforços de Jarvis acabaram pendendo para o lado comercial da data, através dos presentes - coisa que Anna considerou uma grande falha.
  (Foto: Reprodução)
Quando lojas começaram a encorajar a compra de flores e cartões e Anna percebeu seus propósitos capitalistas, ela passou a organizar boicotes e protestos - tudo para devolver à data o seu propósito original. Em 1923, ela e seus seguidores invadiram uma confecção na Filadélfia. Ela continuou protestando até 1940 - e em 1948, morreu em um sanatório.
Hoje, contrariando os desejos de Jarvis, a data é motivo de alegria não só para mães e filhos como para restaurantes e para o comércio. Pesquisas já indicam que o brasileiro pretende gastar mais dinheiro com o presente das mães deste ano do que em 2013.

Por que o Pai-Nosso é a oração FORTE?

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O Catecismo da Igreja Católica, em sua parte final, faz uma longa meditação sobre o Pai-Nosso. Esta meditação se inicia com uma ousada reflexão de Santo Agostinho: "Percorrei todas as orações que se encontram nas Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja incluído na oração do Senhor." (2762) Assim, seria o Pai-Nosso o resumo de todas as orações possíveis ao cristão? Para responder a essa indagação ninguém melhor do que Santo Tomás de Aquino. Em sua Suma Teológica, II-II, q. 83, a. 9, ele apresenta a lógica do Pai-Nosso. O modo como ele foi pensado por Deus leva o homem a fazer um exame de consciência, analisando a própria vida de oração, se ela está realmente ordenada conforme o Senhor ensinou.
 
Os sete pedidos dos Pai-Nosso, normalmente são divididos em duas partes, na primeira suplica-se pelas coisas eternas e na segunda pelas coisas transitórias. Santo Tomás, porém, divide a oração do Senhor em três partes: a primeira, são os pedidos que realmente estão sendo feitos, a segunda, os meios para obtê-los, e a terceira, a retirada dos empecilhos.
"Pai Nosso que estais nos céus", é o vocativo e enche os corações de confiança em Deus. "Santificado seja o vosso nome", este é o primeiro pedido. Santificar significa dar glória, portanto, a finalidade de toda a criação é dar glória a Deus. O nome de Deus deve ser santificado por suas criaturas. Dar glória a Ele foi o desejo ardente de tantos santos e santas ao longo da história, contudo, Deus não quer somente que suas criaturas O amem sobre todas as coisas dando-Lhe glória. Ele quer que se amem também e que participem de Sua glória um dia no céu. Esta é a finalidade secundária. Assim, glória a Deus: santificado seja o vosso nome; glória aos homens: "venha a nós o vosso reino", o segundo pedido do Pai-Nosso, que um dia os homens sejam admitidos na glória do céu. Esta é a finalidade de toda a vida de oração.
A segunda parte trata dos meios. O primeiro meio é a obediência. É o meio mais direto que faz com que Deus seja agradado pelos atos e pela vida dos homens. É a terceira petição do Pai-Nosso: "seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu". A vontade de Deus já é feita no céu, portanto, que ela seja feita na terra também. Este é o veículo direto, mas existem também os meios instrumentais para se chegar lá. Quarto Pedido: "o pão nosso de cada dia nos dai hoje". Em primeiríssimo lugar, segundo a Tradição da Igreja, o pão é a Eucaristia. Nesta petição se concentra toda a Economia sacramental, tudo aquilo que Deus oferece aos homens na graça e no tempo da Igreja para que se acheguem a Ele e O obedeçam. Nesse mesmo pão encontra-se o pão material, aquele do dia a dia e também a saúde e as demais realidades materiais que se pode pedir a Deus. Observando que se deve pedir apenas o de cada dia, pois Deus quer que haja uma dependência filial.
A terceira parte do Pai-Nosso refere-se àquilo que impede a pessoa de se aproximar de Deus. A primeira realidade é o pecado e é a única que pode nos levar a condenação, portanto, "perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido". A segunda realidade é a tentação. Ela não pode ser evitada e faz parte dos desígnios de Deus. No entanto, Deus quer que o homem peça o Seu auxílio para não cair. "E não nos deixeis cair em tentação". Por fim, o último pedido: "Mas livrai-nos do mal." Este mal vai desde o demônio até as dificuldades mais banais do dia a dia. É correto pedir a Deus a libertação dos males que impedirão o homem de chegar ao céu.
Assim se vê que o Pai-Nosso é o compêndio de todo o Evangelho, como disse Tertuliano e, portanto, de toda a vida de oração. Por meio dele é possível fazer um exame de consciência e verificar se realmente a vida está sendo vivida conforme o Senhor ensinou.

Com mais de mil shows realizados, conheça a história do Festival de Verão - Salvador/Ba

Fonte G1Bahia
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 1999
20/02 a 24/02
Fevereiro de 1999. Naquele ano, Salvador completava 450 anos e acontecia a primeira edição do maior evento de música do Brasil: o Festival de Verão. A primeira atração foi a banda Natiruts (que na época ainda se chamava Nativus). Cerca de 150 mil pessoas foram aos cinco dias de festa no Parque de Exposições para assistirem Banda Eva, É o Tchan, Daniela Mercury, Cidade Negra, Asa de Águia, Arnaldo Antunes e muitos outros. Um dos pontos altos do evento foi o encontro de Carlinhos Brown com Marisa Monte. O elenco do seriado Malhação, exibido pela Rede Globo, participou do Festival de Verão 99 e ainda gravou cenas para o programa. A Sala de Imprensa, que homenageia sempre um grande artista, recebeu o nome de Elis Regina. Para encerrar o primeiro Festival de Verão, a banda Araketu subiu ao palco, deixando o público com saudade e ansioso para voltar no próximo ano.


Festival de Verão - Atrações 1999  (Foto: Festival de Verão - Atrações 1999 )
Festival de Verão - Atrações 1999
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2000
02/02 a 06/02
Em 2000, era sucesso nas rádios a música ‘Anna Júlia’, do Los Hermanos. E o Festival de Verão trouxe a banda para abrir a segunda edição do evento. Pela primeira vez, vieram as atrações internacionais Men at Work e Westlife (a boyband que fazia um grande sucesso na época). Ainda se apresentaram Cássia Eller, Titãs, Ivete Sangalo e Armandinho, Dodô & Osmar. O Mercado Mundo Mix, evento multicultural que traz novos talentos e novas idéias nas áreas das artes, música, moda e comportamento, também foi realizado no Festival de Verão. Foram criados o Palco Pop, no qual artistas que despontavam no cenário musical nacional se apresentavam, e a Arena de Esportes Radicais. A sala de imprensa homenageou Tim Maia e o canal Multishow exibiu um programa especial sobre o evento, que foi encerrado pelo Bom Balanço, liderado por Pierre Onassis.
Festival de Verão Salvador - Atrações (Foto: Festival de Verão Salvador - Atrações)Festival de Verão Salvador - Atrações 2000
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2001
31/01 a 04/02
Com o barulho de uma sirene, que passou a anunciar o início e o encerramento dos shows, a banda Penélope entrava no palco para abrir o Festival de Verão 2001. Ainda participaram o Skank, Caetano Veloso, Jota Quest, O Rappa, KLB e as grandes estrelas do axé como Ivete Sangalo, Chiclete com Banana e Timbalada, dentre outros. Mais uma atração internacional se apresentou no Festival, os australianos da Spy vs Spy. A grande surpresa foi a participação de Chico Buarque, que cantou uma música ao lado de Carlinhos Brown, emocionando o Parque de Exposições. Com o sucesso do evento já consolidado, o canal Multishow passou a exibir os shows completos do Festival de Verão. Em 2011, foram quatro espaços. Além do Palco 2011, tinha o Mundo Pop (Palco Pop e Mercado Pop), Mundo nativo e Arena de Esportes.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2001 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2001)Festival de Verão Salvador - Atrações 2001
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2002
30/01 a 03/02
Em 2002, o Festival se une com a Unesco na disseminação do conceito da cultura da paz e de não-violência. Além de plural, agora o Festival também é pacifista. Cássia Eller, falecida um mês antes, recebeu a homenagem da Sala de Imprensa e dos artistas do evento, que cantaram os sucessos da artista. Quem teve o prazer de abrir o evento foi a banda baiana Lampirônicos. Outro grande encontro aconteceu no palco do Festival de Verão: Caetano Veloso cantou com Djavan, uma das atrações daquele ano. Além das atrações nacionais e da Bahia, vieram o inglês Max Priest (conhecido como o Rei do Lovers Rock) e a banda norte-americana Big Mountain. A partir desse ano, começou o conceito de dois camarotes, que virou marca registrada do Festival de Verão. Foram criados novos espaços: O Vila TRopical, Planeta Mix – Mercado Mundo Mix + Palco Pop – além do palco 2002. A TV Salvador passou a transmitir o evento ao vivo.
Grade FV 2002 (Foto: Divulgação)Grade FV 2002 (Foto: Divulgação)
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2003
29/01 a 02/02
Em uma reafirmação da pluralidade, o Festival de Verão, em 2003, muda seu conceito para ‘Eu, você, todo mundo lá’. O cantor Davi Moraes, filho do baiano Moraes Moreira, foi o primeiro a se apresentar no quinto ano do evento. Para indicar a idade, o rasta, mascote do evento, indicava com a mão o número cinco. O grande encontro desse ano foi Margareth Menezes, Arnaldo Antunes e Ilê Aiyê, que dividiram o palco e animaram o público que lotou o segundo dia do evento. A parte emocionante foi a primeira apresentação do Paralamas do Sucesso em Salvador, após o acidente que quase vitimou Hebert Vianna, o líder da banda. Para homenagear sua falecida esposa, o vocalista do Paralamas fez a platéia chorar ao homenageá-la cantando a música ‘Se eu não te amasse tanto assim’. O cantor Lulu Santos e a dupla Zezé Di Camargo e Luciano fizeram o primeiro show em uma edição do Festival de Verão. Os espaços em 2003 foram divididos em Palco 2003, Palco Pop e Zona Eletrônica Coca Cola.Grade Festival 2003
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2003 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2003)Festival de Verão Salvador - Atrações 2003
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2004
28/01 a 01/02
Em 2004, mais um ano de emoções. Zeca Pagodinho convidou Caetano Veloso, Gilberto Gil e Daniela Mercury, que cantaram juntos ao lado do sambista. Ainda se apresentaram os garotos do grupo Bro’z, Rita Lee e Sandy & Junior, que foram as grandes atrações inéditas daquele ano. Foi lançada a campanha ‘Compre no Escuro’, em que as pessoas compravam os ingressos sem saber que atrações tocariam. E foi um sucesso: mais de 13 mil vendidos. A Rede Globo passou a transmitir o evento para todo o Brasil e a marca do Festival ganhou mais uma mudança: a cor verde foi introduzida através do sol, que passa toda a energia do evento. Diversas bandas de forró, axé e pagode se apresentavam no primeiro ano do Barracão Conta Universitária Bradesco. Al´m do Barracão e do Palco Principal, o Festival de Verão 2004 ainda tinha o Palco Pop e a Tenda Eletrônica.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2004 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2004)Festival de Verão Salvador - Atrações 2004
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2005
19/01 a 23/01
Acompanhando a transformação do evento, em 2005 o conceito muda para ‘Seu jeito de mudar o mundo’ e a marca se transforma mais uma vez: a cor laranja dá lugar ao verde. A axé Music, termo criado pelo jornalista baiano Hagamenon Brito (que apresenta o ‘No Ritmo do Festival’), completa 20 anos. E para homenagear o ritmo, a Orquestra Baiana de Axé (OBA) abre o evento. Este foi o ano com o maior número de estreias de artistas nacionais, que se surpreenderam com a vibração do público baiano. O destaque foi para Maria Rita, que fez do público um grande coro para os sucessos do seu primeiro disco. Reforçando a pluralidade, houve um maior investimento nos espaços alternativos, com destaque para as noites Trama e Deckdisc na Arena Vivo Motomix e a estreia da tenda Skol Tropical Beats.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2005 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2005)Festival de Verão Salvador - Atrações 2005
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2006
01/02 a 05/02
Em 2006, o Festival de Verão Salvador começa a se engajar na campanha das 8 Metas do Milênio, desenvolvida pela ONU. Acompanhando o ritmo solidário, a renda da venda de pulseiras foi revestida para entidades assistenciais. E este foi o ano dos encontros: Ivete Sangalo cantou com Jorge Aragão; Asa de Águia e Jota Quest se juntaram para animar a galera; Marcelo Nova inovou com Biquíni Cavadão e Babado Novo fez a festa junto com Bruno e Marrone (que se apresentaram pela primeira vez). A banda paulista Charlie Brown Jr. colocou uma pista de skate em pleno palco e levou a galera à loucura. Para encerrar a oitava edição, a Banda Eva entrou no palco e colocou o público para dançar. O público se dividiu em seis espaços de programação simultânea: Palco 2006, Barracão Universitário Bradesco, Tenda Eletrônica, Arena de Esportes e Festival Guetho Square.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2006 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2006)Festival de Verão Salvador - Atrações 2006
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2007
24/01 a 27/01
Com o tema ‘Sinta a Vibração’, o Festival de Verão 2007 começou com a Banda Eva. O evento deu continuidade às 8 Metas do Milênio. As ações estavam inspiradas no objetivo número 2 da ONU: ‘Educação Básica de Qualidade para Todos’. O beneficiado foi o ‘Projeto Bahia Pela Educação’, da Rede Bahia, em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O evento realizou ações que tinham os fundos revertidos para o Projeto. O californiano Ben Harper foi a grande atração do Festival de Verão. Ainda se apresentaram a musa da música disco, Glória Gaynor, e o cantor americano Matisyahu. Nesta edição aconteceu o recorde absoluto de público: 65 mil pessoas compareceram na quinta-feira. Além do Palco Principal e do Palco Tendências, o evento trouxe a Arena de Esportes Radicais, a Tenda Eletrônica e a Arena Conta Universitária Bradesco. A partir de 2007 o Festival de Verão passou a ter quatro dias.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2007 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2007)Festival de Verão Salvador - Atrações 2007
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2008
16/01 a 19/01
Em 2008, o Festival de Verão chegou em sua décima edição. Na quarta-feira (16), primeiro dia do evento, 45 mil pessoas estiveram no Parque de Exposições para curtir as 22 atrações que tocaram nos quatro espaços musicais do Festival. Na sexta-feira (18), dia mais badalado do Festival, 55 mil pessoas se dividiram nos seis espaços paralelos e de programação simultânea: Palco Tendências, Arena de Esportes, Arena Conta Universitária Bradesco, Tenda Eletrônica Sony Ericson, Feira Cidadã. Sem falar em camarotes e praças de alimentação. Para comemorar os 10 anos de festa, o Festival mantém a aposta em atrações internacionais como forma de ratificar a proposta de “caldeirão musical”. O nome escolhido é Eagle Eye Cherry, autor de hits como “Save Tonight”, “Indecision” e “Falling In Love Again”. Dando seqüência à salada musical, nomes como Gilberto Gil, Ivete Sangalo, NX Zero, Daniel, Beth Carvalho e Aviões do Forró juntam-se ao astro pop sueco-americano.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2008 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2008)Festival de Verão Salvador - Atrações 2008
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2009
28/01 a 31/01
Considerado o maior encontro anual de música do Brasil e uma das maiores festas do Verão antes do carnaval, o Festival de Verão Salvador, de 28 a 31 de janeiro, comemorou onze edições de salada musical em 2009 com o tema Movido pela Mistura. O mote fez alusão à mescla de ritmos e de público que acontece nos seis palcos simultâneos e que é a principal característica do evento baiano. A “cidade da música” teve três espaços inéditos: Boteco do Samba, Arena Faculdade Maurício de Nassau – Concha Acústica do Festival e Espaço Nokia XpressMusic – Mercado Mundo Mix. Completando a lista de palcos, aparecem a Arena Conta Universitária Bradesco, a Tenda Eletrônica Bloco Skol e, claro, o Palco 2009, que recebeu os mais importantes artistas nacionais e também a cantora internacional Alanis Morissette. Isso sem contar com os Camarotes Seda e Pepsi, que investiram em suas próprias atrações. Nos quatro dias, o Parque de Exposições recebeu 200 mil pessoas entre camarotes e pista. O último dia, sábado (31), sob o comando das atrações Olodum, Capital Inicial, Alanis Morissette, Victor e Leo e Psirico, foi o de maior público, com cerca de 60 mil pessoas no Parque de Exposições de Salvador.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2009 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2009)Festival de Verão Salvador - Atrações 2009
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2010
28/01 a 31/01
Seguindo o tema “Movido pela Mistura”, a 12ª edição do Festival de Verão Salvador aconteceu de 20 a 23 de janeiro, no Parque de Exposições de Salvador. O evento manteve a filosofia de misturar ritmos, tribos e tendências num só espaço. O grande caldeirão musical mesclou nomes como os de Ivete Sangalo, Paralamas do Sucesso, Victor & Leo, NX Zero, Caetano Veloso, Cláudia Leitte, Diogo Nogueira, Mallu Magalhães, Aviões do Forró, Psirico e Akon. Na quinta-feira (21), o Parque recebeu 61 mil foliões e 10 mil credenciados. Foi o maior público de todas as edições do FV. Os cinco palcos tiveram uma mistura de 120 atrações, nos quatro dias de Festival, com destaque para a atração internacional: Akon. A “Cidade da Música”, como costuma ser chamado o Parque de Exposições de Salvador durante esse período, contou em 2010 com cinco palcos principais: Palco 2010, Boteco do Samba, Concha Acústica Faculdade Maurício de Nassau, Arena Universitária Bradesco e Tenda Skol. Isso sem contar com outros espaços, como o Espaço 110, o Camarote Baladas e o Camarote VIP, que foi chamado naquele ano de Camarote Pepsi.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2010 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2010)Festival de Verão Salvador - Atrações 2010
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2011
02/02 a 05/02
A 13ª edição do Festival aconteceu de 2 a 5 fevereiro de 2011. Atrações como as revelações Maria Gadú, Restart, os já consagrados cantores Ana Carolina, Belo, Ivete Sangalo, além das bandas Capital Inicial, Jota Quest e o cantor internacional Jason Mraz fizeram a mistura tão característica do Festival de Verão Salvador. Ao todo, são cerca de 120 atrações confirmadas mais as participações especiais durante os shows. A “Cidade da Música” contou com seis palcos, sendo a Casa do Pagode o novo espaço, inaugurado em 2011. Com isso, o Festival de Verão Salvador teve um palco destinado somente ao samba, a Casa do Samba, e outro só para o pagode. Os demais palcos foram: Palco 2011, Concha Acústica Faculdade Maurício de Nassau, Arena Conta Universitária Bradesco e Tenda Eletrônica. Isso sem contar com o Camarote Pepsi, Camarote Giro TAM e as áreas de convivência.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2011 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2011)Festival de Verão Salvador - Atrações 2011
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2012
25/01 a 28/01
Em 2012, o Festival de Verão Salvador reuniu artistas locais, nacionais e a atração internacional, James Blunt, que se apresentaram nos quatro espaços de shows do evento. Nomes como Ivete Sangalo, Vanessa da Mata, Seu Jorge, Aviões do Forró, Sorriso Maroto, Jorge & Mateus e Frejat agitaram o palco principal nos quatro dias de festa. Já no novo espaço, o Casarão do Ritmo, destaque para Netinho, Pablo, LevaNóiz, Revelação e Adelmário Coelho. A Tenda Eletrônica Nexcom apresentou, na 14ª edição do Festival de Verão, um lineup de DJs reconhecidos internacionalmente, a exemplo de Yves Larock. A Concha Acústica Faculdade Maurício de Nassau trouxe mais uma vez artistas conceituados nacionalmente. Vander Lee, Pedro Mariano e Jair Oliveira, Emílio Santiago e Magary Lord foram algumas das atrações que embalaram o público do Festival. Outro novo espaço criado este ano foi o Maresia, formado por quatro grandes lounges para o público descansar e recarregar as energias.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2012 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2012)Festival de Verão Salvador - Atrações 2012
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2013
16/01 a 19/01
O Festival de Verão Salvador debutou em 2013, comemorando 15 verões de muita música e mistura de ritmos. Com mais de 70 atrações musicais, foram quatro dias de entretenimento e arte espalhados por vários espaços, entre palcos, camarotes e outros ambientes. A “Cidade da Música”, como ficou conhecido o local onde acontece o evento, contou com quatro palcos: Palco 15 Verões, Estúdio do Som Faculdade Maurício de Nassau, Passarela do Ritmo e Bis Experience (Tenda Eletrônica). Pelo palco principal passaram Soja (atração internacional), Chiclete com Banana, Capital Inicial, Jorge & Mateus, Timbalada, Kid Abelha, O Rappa, Claudia Leitte, entre outros nomes da música nacional e baiana. Como em 1999, a abertura do Festival foi feita por Lazzo cantando Hino ao Senhor do Bonfim. Ele teve a ilustre companhia da única artista que participou de todas as edições do evento, Ivete Sangalo. A cantora ainda se apresentou no 2º dia do FV 2013 e para comemorar os 15 anos dela no Festival, montou um baile de debutante com 15 príncipes famosos.
 Festival de Verão Salvador - Atrações 2013 (Foto:  Festival de Verão Salvador - Atrações 2013)Festival de Verão Salvador - Atrações 2013
FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR 2014
22/01 A 24/01
A 16ª edição do Festival de Verão contou com uma mega estrutura montada para proporcionar ao público uma grande festa. O FV 2014 aconteceu entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro no Parque de Exposições de Salvador e contou com três espaços de shows: Palco 2014, Palco Passarela Faculdade Maurício de Nassau e Tenda Trident Music. O público pode circular ainda na Broadway, onde aconteceram ações dos patrocinadores e apoiadores. Os Camarotes Fiat /Fiori e Vip Iguatemi proporcionaram inúmeras opções de lazer e diversão para o público. Se apresentaram no Palco 2014: Frejat, Saulo, Gusttavo Lima, Aviões do Forró, Ivete Sangalo, Paralamas do Sucesso, Jorge e Mateus, SPC, e Asa de Águia, Timbalada, Harmonia do Samba, Maria Gadu, Claudia Leitte, The Wallers, Nando Reis, Psirico, Ne-Yo, Luan Santana e Pablo.
Festival de Verão Salvador - Atrações 2014 (Foto: Festival de Verão Salvador - Atrações 2014)Festival de Verão Salvador - Atrações 2014

A vida de Claude-Achille Debussy

Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862  Paris, 25 de Março de 1918) foi um músico e compositor francês.
A música inovadora de Debussy agiu como um fenômeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Em França, só se aponta Ravel como influenciado, mas só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prélude à l'après-midi d'un Faune ("Prelúdio ao entardecer de um Fauno"), com que, para Pierre Boulez, começou a Música moderna, até Jeux ("Jogos"), toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.
Claude Debussy ca 1908, foto av Félix Nadar.jpg
A vocação musical do jovem foi descoberta por Mme Fauté de Fleurville, que o preparou para o Conservatório, onde foi admitido em1873.
Em 1884 recebe o Grande Prêmio de Roma de composição. Viaja para Moscou, com Mme von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.
Após uma estada na villa Médici, em Roma, retorna a Paris, em 1887, entrando em contato com a vanguarda artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé (reuniões semanais realizadas às terças-feiras, na casa do poeta simbolista Stéphane Mallarmé). No mesmo ano conhece Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do Oriente.
Por volta de 1887, inicia uma relação com Gabrielle Dupont. Os dois viverão juntos durante quase dez anos - Debussy levando uma vida boêmia.
À exceção de algumas peças mais conhecidas, Debussy deixou obra pouco acessível, pelo caráter inovador. Para o grande público seu nome está ligado aos sketches sinfônicos de La Mer (1905), ao terceiro movimento da Suite bergamasque (1809-1905), Luar, aos noturnos para orquestra e algumas peças dos Prelúdios para piano. É o Debussy impressionista, autor de uma música vaga 'que se ouve com a cabeça reclinada nas mãos', segundo Cocteau.

Características de sua composição

Tais conceitos foram, depois, reformulados. Mas, por algum tempo, Debussy foi vítima do equívoco de ser considerado autor de uma música 'literária' e 'pictórica', por causa de suas ligações com a poesia simbolista e com o Impressionismo nas artes plásticas. Sua inovação foi, entretanto, de ordem musical, e é em termos musicais que a sua obra passou depois a ser compreendida.

Impressionismo

O impressionismo de Debussy residiria no caráter fluido e vago, de seus sutis joguinhos harmônicos, em que a melodia parecia dissolver-se. Mas essa fluidez era a aparência, como depois se viu. A melodia não se dissolveu propriamente, mas libertou-se dos cânones tradicionais, das repetições e das cadências rítmicas. Debussy não seguiu também as regras da harmonia clássica: deu uma importância excepcional aos acordes isolados, aos timbres, às pausas, ao contraste entre os registros. Trouxe uma nova concepção de construção musical, que se acentuou na sua última fase. Por isso foi incompreendido. O que não lhe desagradaria, pois ele mesmo propôs, certa vez, a criação de uma 'sociedade de esoterismo musical'.

Gêneros

A obra de Debussy é bastante diversificada, do ponto de vista dos gêneros e das formas que utilizou. Não se pode dizer que tenha sido compositor essencialmente vocal ou instrumental, sinfônico ou de câmara, pois todas as suas obras, em que pese a diversidade de meios que utilizou, parecem transmitir a mesma mensagem. A abertura de um universo sonoro inteiramente novo, em que a sugestão ocupou o lugar da construção temática e definida. De modo geral, sua obra pode ser dividida em música para orquestra, música de câmara e para instrumentos solo, música para piano, canções e música coral, obras cênicas e música incidental.

Música orquestral

A música orquestral de Debussy é a que corresponde melhor à sua imagem de impressionista. Em 1894, o "Prelúdio à tarde de um fauno", baseado no poema de Mallarmé, causou estranheza pela 'ausência de melodia': Debussy lançou na verdade, a sugestão de um tema melódico, sem desenvolvimento. Os Noturnos (1893-1899), O mar e Imagens para orquestra (1909) pareciam confirmar a imagem do músico vago, cujas melodias não tinham contornos definidos e cuja construção harmônica parecia desarticulada: o tom poético dos títulos confirmaria a imagem de uma música 'literária'. Mas a poesia estava na música, na liberdade melódica, na pesquisa dos timbres, numa nova construção harmônica. O efeito disso era uma nova e estranha sonoridade.

Música de câmara

A música de câmara e para instrumentos solistas é uma seção reduzida na obra de Debussy. Em 1893 compõe o Quarteto para cordas em sol menor, obra singular cuja construção difere essencialmente do quarteto clássico beethoveniano. Também as três sonatas do seu período final foram construídas segundo princípios inteiramente diversos da sonata clássica vienense, mas por outros motivos. Foram compostas no período da guerra, e Debussy, nacionalista intransigente, rejeitou os princípios da sonata clássica vienense para recuperar a forma cíclica da sonata francesa. As três sonatas (1915-1917), parte de um ciclo que ficou incompleto, para instrumentos diversos, das quais a mais importante é a Sonata para piano e violino, são obras avançadas, com asperezas inéditas em sua música anterior. Entre as composições para instrumento solo destaca-se, em estilo semelhante, Syrinx, para flauta desacompanhada.