Fonte G1
Dia 02 de fevereiro é comemorado no Brasil o Dia de Yemanjá, a Rainha do Mar e mãe de todas as cabeças.
Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja “Iemanjá” ou Yemoja, é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá “Yèyé omo ejá”
(“Mãe cujos filhos são peixes”), identificada no jogo do merindilogun
pelos odu ejibe e ossá, representado materialmente e imaterial pelo
candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de
religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.
Características dos filhos, oferendas e curiosidades sobre Iemanjá
Rege a maternidade, e é a mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia à sábado.
Nas grandes “obrigações“, as oferendas são cabra branca, pata ou galinha branca.
Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento.
Sua cor é a branca com azul. A saudação é Odoyá! Usa um adé com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o bébê – leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
0 tipo psicológico dos filhos de YEMANJÁ é imponente,
majestoso e belo, calmo, sensual, fecundo e cheio de dignidade e dotado
de irresistível fascínio (o canto da sereia).
As filhas de YEMANJÁ são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (OMULU).
A deusa das águas recorrem as mulheres que não conseguem engravidar. Porque é Iemanjá quem controla a fertilidade, simbolizada em seu corpo robusto, forte, em seus seios volumosos e na aparência sensual.
Qualidades, aliás, de todas as suas filhas, que se revelam excelentes
como donas de casa, educadoras e mães. Não perdoam facilmente, quando
ofendidas. São possessivas e muito ciumentas.
Embora se mostrem tranquilas a maioria do tempo, podem se tornar
verdadeiras feras quando perdem a paciência. Mais do que isso, não
perdoam ofensas com facilidade. Intrometem-se tanto na vida dos
familiares que chegam a sufocar. Mas a intenção é sempre das melhores.
YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade,
que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais,
especialmente o bori, por isso é considerada a mãe de todas as cabeças independente do seu primeiro orixá.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de Fevereiro, a maior festa do país em homenagem à “Rainha do Mar“. A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas preferidas pela orixá como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados e muitas rosas brancas.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional “Banho de pipoca” e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá.
Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.
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Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína,
Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião
católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da
liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres
na floresta |
— Jorge Amado
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Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de “sincretismo”
encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais
sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis
tais “manifestações pagãs” em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a “Janaína do Mar” e como canções litúrgicas.