Sodoma e Gomorra - História

Fonte: Wikipedia
Sodoma e Gomorra (do hebraico סְדוֹם Sodom e עֲמוֹרָה Amorah ) são, de acordo com a Bíblia judaico-cristã, duas cidades que teriam sido destruídas por Deus com fogo e enxofre descido do céu. Segundo o relato bíblico, as cidades e os seus habitantes foram destruídos por Deus devido a prática de actos imorais. Os seus habitantes eram os cananeus.
A expressão "Sodoma e Gomorra" se aplica, por extensão, às cinco cidades-estado do Vale de Sidim, no Mar Salgado ou Mar Morto. Eram elas: Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela (também é chamada de Zoar).
O Vale de Sidim ("Vale dos Campos") era descrito como um lugar paradisíaco. Ocupava uma área aproximadamente circular no vale inferior do Mar Salgado, actualmente submerso pelas suas águas salgadas. A região é chamada em hebraico de Kikkár que significa "bacia". A pequena península na margem oriental do Mar Salgado, é chamada em árabe de El-Lisan que significa "a língua". Desde a península de El-Lisan ao extremo sul, se estenderia o Vale de Sidim. O seu fundo registra uma profundidade de 15 a 20 metros, enquanto para norte da península, o fundo desce rapidamente para uma profundidade de 400 metros.
O Vale do Rio Jordão situa-se numa importante falha tectónica que desce abaixo do nível médio do mar. A referida destruição poderia muito bem ter sido originada por um forte sismo que teria originado actividade vulcânica.

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Evidências históricas
Durante doze anos, as cidades do Vale de Sidim foram feitas tributárias do Elão. No décimo-terceiro ano, seus reis se rebelaram. A Enciclopédia Funk & Wagnalls menciona que os elamitas destruíram a cidade de Ur, na Baixa Mesopotâmia, por volta de 1950 a.C.. Subsequentemente, exerceram considerável influência na Mesopotâmia. Quedorlaomer, Rei do Elão, lidera uma coligação para punir os rebeldes. Esta força militar é formada pelos exércitos dos reis de Sinear, Elasar, Elão e Goim. Invade a região da Transjordania, do Negebe e o Vale de Sidim. Quedorlaomer ou Kudur-lahmil, possivelmente significa "Servo de [deus] Lagamar".
Alguns arqueólogos consideram que Numeira ou Arabá, seria a antiga Gomorra. Para outros arqueólogos, é possível que um grande terremoto tenha destruído estas cidades e provocado uma mudança no nível das terras ocupadas por elas, quando suas ruínas foram inundadas pelas águas do mar.
Os geólogos canadenses Grahan Harris e Anthony Berardow, descobriram que a Península de Lisan, era parte oriental do Mar Morto, e teria sido o epicentro de um terremoto de escala maior que seis na escala Richter ocorrido há aproximadamente 4.000 anos (no mesmo período que teria sido a destruição de Sodoma, Gomorra, Adma e Zeboim). Segundo estes geólogos, o terremoto provocou efeitos que levou ao engolimento das construções. Os restos de Gomorra estariam debaixo das águas do Mar Morto.
Segundo a revista Despertai!, arqueólogos suecos teriam encontrado vestígios das antigas Sodoma e Gomorra. Em cooperação com o Departamento de Antigüidades de Amã, os cientistas fizeram a descoberta em Lisan, ao leste do mar Morto, na Jordânia.
O jornal sueco Östgöta-Correspondenten teria explicado[carece de fontes?]: "...é surpreendente que se encontrassem restos de construções destruídas uns 1.900 anos antes de Cristo". Estes arqueólogos estariam convencidos de que encontraram Sodoma e Gomorra. Depois de analisarem objetos de cerâmica, muros, sepulcros e artefatos de pederneira, sua conclusão foi de que as cidades foram destruídas por um desastre natural.
Os Crimes de Sodoma
Segundo a bíblia, o motivo da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra foram a perversidade de seus habitantes e a imoralidade e a desobediência ao Senhor. Após o retorno de Abraão do Egipto, o relato bíblico menciona que os habitantes de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus. Porém, isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão, e com o seu sobrinho, Ló.
Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os aspectos de crueldade e falta de hospitabilidade com forasteiros. Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os sodomitas blasfemos e sanguinários. Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sdom) na qual os visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama.

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A Destruição das Cidades
Segundo o livro de Gênesis, dois anjos de Deus dizem a Abraão que "o clamor de Sodoma e Gomorra se têm multiplicado, e porquanto o seu pecado se têm agravado muito". Abraão então intercede consecutivas vezes pelo povo sodomita, e Deus ao final lhe responde se houvesse em Sodoma dez pessoas justas, a cidade não seria destruída.
Nesse mesmo dia, os dois anjos que visitaram Abraão descem à cidade e são hospedados na casa de Ló. Antes de se deitarem, os homens da cidade cercaram a casa de Ló para terem relações sexuais com seus dois hóspedes. Ló então sai na defesa dos anjos, oferecendo suas filhas virgens para saciar o desejo da multidão.

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Ferindo com cegueira os homens que estavam junto á porta da casa de Ló, os anjos retiram o patriarca e sua família da cidade e lhes dá a ordem de seguirem sempre em direção das montanha sem olharem para trás. Então, de acordo com Gênesis, inicia-se a destruição de Sodoma e de toda a planície daquela região.

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