Fonte: Portal Aprendiz
O povo brasileiro, como se sabe, não tem o hábito da leitura. Mas não é por falta do que ler. Basta passar em uma banca de revistas da Avenida Paulista ou numa das megalivrarias que surgiram no país, nos últimos anos, para ver que a produção de livros e revistas tem crescido bastante. Temos mais títulos segmentados (publicações dirigidas a um público específico, como consumidores de games, criadores de cavalo etc.) do que o Uruguai, por exemplo.
Sim, o mercado está aquecido para o produtor editorial, profissional encarregado de criar um produto editorial, desde a sua concepção, passando pela análise do potencial do mercado consumidor até as características físicas, como tipo de letra, cor da capa, tamanho dos textos etc. E, quando se fala em produto, hoje, não se pensa mais apenas em impressos do tipo livros, jornais e revistas. A tecnologia criou novas formas de conteúdo, como os CD-ROMs e as páginas da internet – uma tendência tão consolidada que as faculdades da área já oferecem laboratórios de multimídia para os estudantes aprenderem a nova linguagem.
Conhecimento técnico é fundamental, mas não faz um bom produtor editorial. “É preciso ter uma boa formação em ciências humanas”, diz Paulo Roberto Araújo, coordenador de Comunicação Social das Faculdades Domus. Um produtor editorial pode atuar em várias frentes, mas terá sempre uma visão de conjunto do processo. Ele deve ter condições, por exemplo, de ler os originais de um livro e avaliar se há chances de sucesso no mercado, o que pressupõe um bom conhecimento das preferências dos consumidores. Esse profissional também pode dar sua contribuição com a parte gráfica, supervisionando a capa, as ilustrações, as cores, a revisão do texto etc. E coordenar os trâmites de impressão e distribuição para as livrarias ou bancas.
Como existem poucos profissionais com essa formação específica no Brasil, boa parte dos estudantes consegue emprego já no terceiro ano da faculdade. E hoje, com a explosão dos sites na internet, as oportunidades de trabalho aumentaram. “Agora esse profissional vai atuar tanto na área impressa quanto na eletrônica”, diz Araújo. É possível encontrar vagas em jornais, revistas, editoras, agências de publicidade, empresas que tenham jornais internos, produtoras de audiovisuais e CD-ROMs e até em órgãos públicos, trabalhando na produção de informativos e documentos. Na parte administrativa, o editor pode gerenciar empresas gráficas e editoras. O salário inicial vai de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil.
Duração média do curso: quatro anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário