Tragédias em 2010

Fonte:G1
Treze dias, três desastres ambientais. Duas no Brasil e o terremoto devastador no Haiti. Fenômenos que provocaram a morte dezenas de brasileiros e trouxeram dor e tristeza para milhares de pessoas.
Rodrigo Augusto Silva tinha 24 anos. Ia voltar ao Brasil neste fim de semana. Ele era casado, tinha uma filha de um ano. Era soldado do 5º Batalhão de Infantaria de Lorena, interior de São Paulo. "A saudade a gente já tinha porque ele tava lá, agora é muito maior", chora Pedro Augusto da Silva, pai do Rodrigo. 
"A última vez que conversei com ele foi na segunda-feira e falei ‘se cuida, meu filho’”, completa a mãe, Rosania Augusto da Silva.
Dona Dalila não consegue acreditar que o filho Tiago Anaya, de 23 anos, esteja entre os mortos. “A minha vontade, eu vou dizer para você... É sair da realidade, que isso é mentira. Não to acreditando. Até agora eu não acredito no que está acontecendo”. 
2010.
13 dias.
03 desastres ambientais que mataram brasileiros e abalaram o país.

01 de janeiro:
Os brasileiros assistem comovidos às cenas dramáticas de dois grandes deslizamentos de terra em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Dezenas de mortos. 

“Para gente, nós não perdemos a Fernanda. Ela está viajando para nós”, fala Noberto Pires dos Reis, pai da Fernanda Muraca. 
“Se não se apegar a Deus, você não para em pé”, completa a mãe Janete Muraca dos Reis. 
05 de janeiro:
Quatro dias depois, mais tristeza no país.
Uma ponte desaba no interior do Rio Grande do Sul e arrasta vinte pessoas.
13 de janeiro:
O mundo para diante da catástrofe no Haiti. Brasileiros civis e militares estão entre as vítimas do maior terremoto no país em duzentos anos. 

Tragédias como essas provocam um sentimento inexplicável de dor. Segundo psicólogos, não adianta tentar esquecer o que é inesquecível, tentando aliviar o sentimento. 
Eles dizem que falar sobre o assunto, vivenciar essa emoção forte pode ajudar os familiares. “Colocar a emoção no lugar certo. A pessoa tem um choque, fica esperando notícia que a pessoa não morreu. Com o passar do tempo, a ausência física da pessoa, ela vai se conscientizando. Então existe o tempo que é bom, mas não os meses iniciais”, esclarece Alda Rangel, psicóloga.

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