50 anos de Renato Russo


Fonte:Terra
Dizer que Renato Russo está vivo até hoje na memória de milhões de brasileiros é tão óbvio quanto ouvir uma música dele, cantarolar e relembrar de alguma época da vida. Nascido em 27 de março de 1960, o eterno líder da Legião Urbana completaria 50 anos de idade neste sábado. Renato liderou um dos maiores movimentos musicais do Brasil e ajudou a dar cara ao rock nacional com sua atitude por meio de suas letras e poesia.
Morto em decorrência de Aids em 11 de outubro de 1996, contraída no inicio dos anos 90, Renato deixou seus fãs com 36 anos de idade com uma carreira musical produtiva. Gravou mais seis discos - quatro com a Legião Urbana e dois solos - e até hoje tem novos lançamentos.

 
É verdade que a maioria dos álbuns póstumos não apresentam grandes novidades, já que a quase todos são compostos de coletâneas e shows ao vivo. Mas que mesmo assim, mostram como o compositor ainda vive na mente dos fãs do rock brasileiro.
Chega às lojas, por exemplo, no inicio de abril, o álbum Duetos. São 15 convidados, que dividem a voz de canções com Renato. Porém, somente 8 deles foram feitos em vida, em estúdio ou programas de televisão - como em Nada por Mim, com Herbert Vianna e Só Louco, com Dorival Caummi. Os outros foram montados em estúdio somente para o projeto. Polêmicas a parte, a voz de Renato voltará às rádios em abril, ao lado de Fernanda Takai na inédita Like a Lover.
Carreira
No fim dos anos 70, Renato Russo fundou a primeira banda punk de Brasília, a Aborto Elétrico. Em 82, surgiu o Legião Urbana com letras sobre política, amor e juventude. Geração Coca-Cola, Será, Eduardo e Mônica, Pais e Filhos e Que País É Esse? são até hoje considerados hinos.
Em 1990, o cantor assumiu sua homossexualidade em uma polêmica entrevista à revista Bizz. Renato Russo morreu em decorrência de Aids, mas deixou a doença em segredo até seus últimos dias.
Nas letras de Renato, o cantor pregava que a mudança é possível se houver persistência de lutar por aquilo que objetiva, seja o material, o espiritual ou o político. Mas antes de tentar algo é preciso mudar a si mesmo.
Álbuns
Em vida, Renato Russo lançou sete álbuns de estúdio com o grupo: Legião Urbana (1984), Dois (1986), Que País É Este (1987), As Quatro Estações (1989), V, (1991), O Descobrimento do Brasil (1993) e A Tempestade (1996). A coletânea Música Para Acampamentos (1992) saiu em disco duplo, com diversas gravações ao vivo.
Dois álbuns solos também chegaram às lojas: The Stonewall Celebration Concert (1994) e Equilibrio Distante (1995) - o primeiro gravado com músicas em inglês e o segundo em italiano, vendendo mais de 1 milhão e 250 mil cópias.
Sua discografia póstuma é ainda maior: com a Legião, no ano seguinte a sua morte, foi lançado Uma Outra Estação (1997), só com músicas inéditas, a coletânea Mais do Mesmo (1998) e três álbuns ao vivo - Acústico MTV (1999), Como É que Se Diz Eu Te Amo (2001) e As Quatro Estações Ao Vivo (2004).
Na carreira solo, o lançamento de O Último Solo (1997) foi seguido de três coletâneas de sucessos e mais três álbuns: Presente (2003), O Talento de Renato Russo (2004), O Trovador Solitário (2008) e em abril chegas às lojas o disco Duetos (2010), todos com algumas faixas inéditas.
A volta da Legião
No final de 2008, Dado Villa Lobos e Paulo Bonfá realizaram os primeiros shows sem Renato Russo, sempre com convidados no lugar do vocalista. O primeiro aconteceu em Montevidéu, Uruguai. Quase um ano depois, em setembro de 2009, se apresentaram em Brasília, no Porão do Rock e na virada de 2009 para 2010 em Fortaleza. Alguns dos organizadores do evento em Montevidéu fizeram parte dos shows seguintes, inclusive como banda de apoio.
Outro show especial no mesmo formato será apresentado no programa Altas Horas (Rede Globo), na madrugada de sábado (27) para domingo (28), às 1h15. Segundo o guitarrista Dado VIlla Lobos, devem haver mais sete shows este ano - todos com diversos vocalistas -, para celebrar os 50 anos do nascimento do eterno líder da Legião Urbana.

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