por Rogerio Leme*
Uma de nossas maiores dificuldades é saber ouvir. E isso ocorre tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Independentemente do ambiente, o fato é que, normalmente, não ouvimos o que os outros nos dizem.
A causa desse problema é que pensamos mais rápido do que ouvimos e, portanto, desviamos nossa atenção. Assim, formulamos respostas sobre o que está sendo dito antes mesmo de o interlocutor concluir seu raciocínio. Resultado: acabamos não ouvindo de fato o que o outro tem a nos dizer.
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No entanto, existem algumas técnicas de escuta ativa que podem ajudar. Uma delas é se aproximar do interlocutor, mas sem, é claro, invadir seu espaço. Emitir sinais de confirmação do recebimento da mensagem, como “hum”, "aham”, “sim”, “ok”, também é útil. Outra dica é usar expressões faciais que mostrem ao interlocutor que você está atento.
Ok, mas isso não significa que você irá ouvir a pessoa. Ouvir é um exercício de autoconsciência. Não adianta demonstrar uma expressão facial ou emitir um sinal sonoro se você não estiver prestando atenção. Se você estiver “aéreo”, um mero barulho pode ser um ponto de distração e lá se foi o saber ouvir.
O que você deve fazer, então, é trabalhar a sua concentração, aumentando
sua autoconsciência. Procure o seu jeito de “fechar” os outros sentidos humanos quando estiver ouvindo. É uma questão de prática. Cada um tem o seu jeito de se concentrar. O meu, por exemplo, é fixar o olhar nos olhos do meu interlocutor. Não deixo meu olhar se desviar para nada. Dessa maneira, consigo me concentrar e assimilar o que está sendo dito.
É fácil? Não, não é. Mas praticar a escuta ativa e realmente ouvir pode transformar sua vida profissional e pessoal.
*Rogerio Leme é diretor executivo da Leme Consultoria
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