13 de maio - Nossa Senhora de Fátima

Fonte: Wikipédia
Nossa Senhora de Fátima (ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima) é a designação pela qual é conhecida, na religião católica romana, a Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, pelos católicos ou outras pessoas que acreditam em sua aparição durante seis meses seguidos para três crianças em Fátima, localidade portuguesa, em 1917. A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, ou a combinação dos dois nomes, dando origem a "Nossa Senhora do Rosário de Fátima", pois, segundo os relatos, "Nossa Senhora do Rosário" teria sido o nome pelo qual a Virgem Maria se haveria identificado, dado que a mensagem que trazia consigo era um pedido de oração, nomeadamente, a oração do Santo Rosário.
Imagem Google
História
Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), afirmaram ter visto Nossa Senhora no dia 13 de Maio de 1917 quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Aljustrel, pertencente ao conselho de Ourém, Portugal. Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol".
Segundo os testemunhos recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. As três crianças assistiram a outras aparições no mesmo local em 13 de junho, 13 de julho e 13 de setembro. Em agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Conselho no dia 13 de agosto.
A 13 de outubro, estando presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, Nossa Senhora teria dito às crianças: "Eu sou a Senhora do Rosário" e teria pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que atualmente é a parte central do Santuário de Fátima). Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre do sol, prometido às três crianças em julho e setembro. Segundo os testemunhos recolhidos na época, o sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Tal fenómeno foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição.
O relato foi publicado na imprensa por vários jornalistas que ali se deslocaram e que foram testemunhas do fenômeno. Contudo, há testemunhos de pessoas que afirmaram nada ter visto, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o sol, e do militante católico Domingos Pinto Coelho, que escreveu na imprensa que não vira nada de sobrenatural.
Imagem Google

Entretanto, testemunhas da época disseram que o fato não aconteceu com o sol (este ficou do mesmo tamanho) mas sim que, no lugar onde Nossa Senhora apareceu para os pastores, deu-se uma luminosidade tão intensa que ninguém conseguiu ficar com os olhos abertos, ninguém conseguiu ver Nossa Senhora, apenas os três pastores. Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-á aparecido novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Anos mais tarde, Lúcia contou ainda que, entre abril e outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal". Este anjo teria ensinado aos pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística.
Síntese da Mensagem de Fátima
Segundo a Irmã Lúcia, no seu último livro publicado em 2006, toda a mensagem subjacente às aparições de Nossa Senhora de Fátima é o seguinte:
"No decorrer de toda a Mensagem, a começar pelas aparições do Anjo, encontramos um apelo à oração e ao sacrifício oferecido a Deus por amor e conversão dos pecadores. Para mim, este apelo é como que a norma básica de toda a Mensagem, que começa por introduzir-nos num plano de , esperança e amor: "Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos". É aqui que assenta a base fundamental de toda a nossa vida sobrenatural: viver de fé, viver de esperança, viver de amor."
Francisco Marto (Aljustrel, Fátima, Ourém, 11 de Junho de 1908 — Aljustrel, Fátima, Ourém, 4 de Abril de 1919) , conhecido mundialmente como Beato Francisco de Fátima e da Igreja Católica, foi um dos três pastorinhos que dizem ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, de 13 de Maio até 13 de Outubro de 1917.
Filho mais velho de Manuel Pedro Marto e de sua mulher Olímpia de Jesus dos Santos, Francisco e Jacinta eram crianças típicas do Portugal rural da época. Como não era obrigatório, ele não frequentava a escola, e trabalhava como pastor em conjunto com a sua irmã Jacinta e a sua prima Lúcia. Como Nossa Senhora sugeriu numa das aparições, Francisco ingressou no ensino primário, mas acabou por deixar de assistir às aulas.
De acordo com as memórias de Lúcia, Francisco era um rapaz muito dado, mas calmo, e gostava de música, o qual mostrava habilidade no pífaro. Sendo muito independente nas opiniões, no entanto era pacificador, e mostrava-se muito respeitoso pelas pessoas. Conta a sua prima que até os animais não escapavam a sua caridade.
Na sequência das aparições, o comportamento dos dois irmãos alterou-se e desde então Francisco passou a preferir rezar sozinho. Marcado pelas palavras de Nossa Senhora para "que não ofendam mais a Deus", ele retirava-se na solidão "para consolar Jesus pelos pecados do mundo".
As três crianças, particularmente o Francisco, tinham o costume de praticar mortificações, mas que Nossa Senhora numa das aparições pedira moderação. Contudo, como penitência, Francisco deixara de ir à escola e escondia-se para atenuar pelos pecadores. É possível que prolongados jejuns o tenham enfraquecido a ponto de sucumbir à epidemia do vírus influenza que varreu a Europa em 1918, em consequência da Primeira Guerra Mundial. Ele acabou por falecer em casa em 1919.
Francisco e a irmã Jacinta foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 13 de Maio de 2000. O seu dia festivo é 20 de Fevereiro.
Jacinta Marto (Aljustrel, Fátima, Ourém, 11 de Março de 1910 — Lisboa, Hospital de D. Estefânia, 20 de Fevereiro de 1920) foi uma dos três pastorinhos que afirmam ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917.
Filha mais nova de Manuel Pedro Marto e de sua mulher Olímpia de Jesus dos Santos, Jacinta Marto e Francisco eram crianças típicas do Portugal rural da época. Como de início não frequentava a escola, trabalhava como pastora em conjunto com seu irmão e a sua prima Lúcia. Mais tarde, logo após as aparições e segundo as mesmas, por recomendação de Nossa Senhora, entrou na escola primária. De acordo com as memórias de Lúcia, Jacinta era uma criança afectiva e muito afável e emocionalmente frágil.
Na sequência das aparições, os dois irmãos foram influenciados porque terão visto o Inferno, durante a terceira aparição (Julho de 1917). Deslumbrada com a triste sorte dos pecadores, na sua simplicidade, decide responder ao apelo da Virgem Maria e fazer penitência e sacrifício pela conversão dos pecadores.
As três crianças, mas particularmente Jacinta, praticavam mortificações e penitências. É possível que prolongados jejuns a tenha enfraquecido a ponto de ter sucumbido à epidemia do vírus influenza que varreu a Europa em 1918 e em consequência da primeira guerra mundial. Jacinta, que sofria de pleurisia e não podia ser anestesiada devido à má condição do seu coração, foi assistida em vários hospitais, acabando por sucumbir em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital D. Estefânia em Lisboa.
Jacinta foi beatificada, com seu irmão, pelo Papa João Paulo II em 13 de Maio de 2000. Jacinta é a cristã mais nova não-mártir a ser beatificada. O seu dia festivo é 20 de Fevereiro, no dia 11/03/2010 aconteceu o centenário do Nascimento da Beata Jacinta Marto. Com a audiência do Santo Padre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário