Fonte: Ibahia
A medida da Fifa limitará a propagação das marcas concorrentes aos patrocinadores do mundial. O secretário da Secopa-BA (Secretaria Estadual para Assuntos da Copa),
Ney Campello, garantiu em entrevista ao iBahia, que a venda de acarajé
será totalmente liberada no entorno da Arena Fonte Nova, durante os
jogos da Copa do Mundo 2014 e da Copa das Confederações.
O assunto virou uma polêmica nesta quinta-feira 04/10/2012, após veículos de
comunicação anunciarem a proibição da comercialização dos quitutes.
Campello, por sua vez, fez questão de ressaltar que a informação é falsa
e as baianas não terão restrição para vender o bolinho.
Segundo o secretário, a limitação estipulada pela Fifa é em relação ao
marketing de empresas concorrentes aos patrocinadores do mundial e
informou que os ambulantes poderão comercializar normalmente os
produtos, no entanto que sejam produtos relacionados às marcas
patrocinadoras. "Muitas empresas, aproveitam dos ambulantes para
propagar a sua marca, o que não será permitido", explicou.
O acarajé é tombado pelo Iphan como patrimônio imaterial da Bahia
O representante ainda citou alguns exemplos do que poderá haver
restrição. "A Habib's tem uma unidade próxima a Arena Fonte Nova e nem
por isso será proibida de funcionar. Ela (Habib's) não poderá levar sua
marca e produtos para fora da sua unidade fixa, pois, é concorrente da
Mc Donalds, que é um patrocinador", ressaltou. Outro exemplo citado foi
em relação a uma outra patrocinadora, a marca de bebidas, Coca-Cola. Os
ambulantes não terão permissão para comercializar bebidas das marcas
concorrentes.
Quanto aos acarajés, abarás e diversos quitutes tradicionalmente
conhecidos na Bahia, o comércio será totalmente liberado. Questionado
sobre a possibilidade de pontos de vendas dentro da Arena, Campello
alertou que o estádio ficará a disposição da Fifa, que determinará os
produtos comercializados no ambiente interno. "Quem diz o que vende
dentro da Arena é a Fifa. Agora, se ela solicitar a venda de acarajé por
ser um patrimônio imaterial da Bahia, teremos o maior prazer em
atendê-los, já que estamos qualificando as baianas para caso isso
aconteça", explicou.
Essa medida da Fifa começa a vigorar 21 dias antes da realização dos
eventos e valerá apenas durante o período da Copa das Confederações, em
2013, e da Copa do Mundo 2014. Durante qualquer outro evento realizado
na Arena, a comercialização voltará ao normal.
O acarajé, quitute tradicional, é tombado pelo Instituo do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial da
Bahia.
A Federação divulgou comunicado na tarde de sexta-feira 05/10/2012 informando sua posição em relação à venda do produto.
A grande polêmica sobre a comercialização do acarajé na Copa do Mundo de
Futebol de 2014 ganhou mais um capítulo. No comunicado, a Federação fez questão de afirmar que o acarajé estará
presente nos tabuleiros das baianas, mas ainda não se sabe qual a
concessionária brasileira que irá ficar responsável pela venda e
distribuição dos alimentos.
"A FIFA pediu que cada licitante contemplasse no cardápio um produto da
culinária regional em cada estádio. Isso vai refletir a diversidade das
regiões no Brasil também a partir de uma perspectiva gastronômica.
Ressaltamos que a maioria das propostas recebidas pela FIFA até o
momento sugere a venda de acarajé em Salvador".
A nota cita ainda alguns exemplos de situações que já aconteceram em
Copas anteriores. "Para se ter uma ideia do volume nas últimas duas
edições da Copa do Mundo da FIFA, cerca de 4 mil funcionários serviram
em 2006, nos 12 estádios: aproximadamente 1 milhão de litros de cerveja,
5,5 milhões de litros de refrigerante e 709 mil salsichas alemãs. Em
2010, nos nove estádios, foram servidos 600 mil litros de refrigerante,
cerca de 800 mil litros de cerveja e 390 mil cachorros-quentes".
Sobre a tabela de preços dos produtos, a FIFA informou: "É importante
que os fãs de futebol encontrem os mesmos preços e qualidade em cada um
dos estádios e possam provar, ao mesmo tempo, sabores locais e clássicos
internacionais".