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Progeria ou Síndrome de Hutchinson-Gilford, é uma doença genética da infância extremamente rara, caracterizada pelo envelhecimento acelerado em cerca de sete vezes em relação à taxa normal. Uma criança com progeria tem uma expectativa média de vida de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos. A morte precoce geralmente é causada por complicações cardíacas. Essa doença acomete 1 entre 8 milhões de recém-nascidos e a inteligência dos bebês não é afetada.
Diagnóstico da Progeria
O
diagnóstico da Progeria é fundamentalmente clínico pois ainda não existe nenhum
exame que certifique a doença. Geralmente identifica-se a doença entre o
primeiro e o segundo ano de vida, perto dos 18 meses de idade.
Causas
Atualmente,
não se sabe exatamente quais são as causas da progeria. Por isso, esta doença
não tem nenhum tratamento específico que trave a sua evolução. Embora se
saiba que é uma doença de fundo genético, isso não quer dizer que seja
hereditário.
As crianças
que nascem com progeria começam a apresentar seus sinais e sintomas,
como o envelhecimento precoce, por volta dos 18 meses de idade.
Assim, a criança com 7 anos parecerá um idoso de 70 anos, pelo seu aspecto
físico. Quase todas as mortes registradas acusam como causa as complicações
cardíacas. Para evitar este problema é comum que estas crianças tomem vários
medicamentos diariamente, para diminuir as dores articulares e o processo da
aterosclerose.
Durante a
vida, a criança portadora da progeria deverá ter um acompanhamento nutricional
específico para as suas necessidades. A capacidade cognitiva da criança não é afetada
pela doença e todas elas são muito inteligentes.
Características
da Progeria
As
características da Progeria são:
- Ausência congênita de cabelo ou pouco cabelo e geralmente esbranquiçado;
- Face desproporcionalmente menor que a cabeça;
- Baixo peso;
- Envelhecimento precoce;
- Pele enrugada;
- Clavícula anormal;
- Dor e deformidade nas articulações;
- Dentição atrasada;
- Luxação de quadril;
- Voz pouco grave, sendo geralmente muito aguda;
- Genitais pouco desenvolvidos;
- Unhas fracas e quebradiças;
- Osteoporose;
- Escoliose;
- Hipersensibilidade à luz solar;
- Hérnia humbilical;
- Baço dilatado;
- Diabetes;
- Colesterol alto;
- Complicações cardíacas;
- Aterosclerose.
Desenvolvimento
motor e neurológico normais.
Teoria dos Genes Mutantes
Em 88% dos doentes é encontrada as mutações citadas
pela teoria que consiste em mutação de ponto na posição 1824 do gene LMNA - que
em condições normais codifica uma proteína, Prelamina A, que leva à forma da
Lâmina A. A principal função da "lâmina A" parece ser na desmontagem
e na nova formação do núcleo durante a mitose. O processo como um todo é
controlado, como muitos outros processos reversíveis na célula, pela
fosforilação e desfosforilação de proteínas nucleares pela ação de uma quinase
específica, a Cdc2 quinase (quinase dependente de ciclina ou CDK), que é uma
proteína reguladora crucial de todos os eucariotos superiores e extremamente
conservada entre espécies, mesmo filogeneticamente afastadas. Este gene possui
um Grupo Farnesyl, ligado à estrutura carboxi-terminal do mesmo, que permite a
ligação da Prelamina A à borda nuclear. Posteriormente há a remoção do Grupo -
trocando uma Citosina por uma Timina e formando uma forma truncada e imatura da
proteína da Lâmina A, a Progerina. A Prelamina A é uma das principais proteínas
estruturais do envoltório nuclear interno. Quando há a mutação do LMNA, o
Farnesyl não pode ser removido e a Progerina começa a se acumular. O envoltório
nuclear participa na organização da cromatina e dá suporte ao envelope nuclear,
quando acontece a mutação, há perturbação na divisão das células, em sua
aparência, causando herniações e lóbulos, bem como prejuízo na organização da
heterocromatina. Essa teoria é valida o ocorre no caso de Adalia Rose.
Teoria da Helicase
Nesta
mutação acontecem anomalias na enzima Helicase, que desempenha papel
fundamental no processo de replicação do DNA, fazendo com que ela não funcione
normalmente.
Teoria
dos Telômeros
Consiste
na existência de telômeros, regiões localizadas na extremidade dos cromossomos
essenciais para a estabilidade destes, encurtados em crianças que portam a
Progeria, provocando o envelhecimento rápido de suas células. A cada
replicação, os cromossomos das células germinativas perdem uma sequência
pequena do telômero que não é reposta. Desta forma, com os telômeros já
encurtados de crianças portadoras de progeria o envelhecimento se dá de forma
mais acelerada.
Tratamento
para Progeria
O
tratamento da Progeria é feito com base nos seus sinais e sintomas e não existe
nenhum medicamento que cure esta doença. É normal que a criança seja
tratada por vários médicos e dentistas diferentes ao longo da vida, a fim de
melhorar a sua qualidade de vida.