Fonte iBahia
Os shopping centers do país estão se preparando para enfrentar uma onda
de "rolezinhos", encontro de jovens marcados nos centros por meio das
redes sociais.
A possível multiplicação dos encontros, que podem assumir caráter de
protesto, também preocupa a presidente Dilma Rousseff. Ontem, ela
surpreendeu sua equipe ao convocar uma reunião para tratar do assunto.
O maior temor da presidente é que os "rolezinhos" tenham adesão de adeptos da tática de protesto "black bloc".
Ontem, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira,
defendeu que a PM use a força contra os "rolezinhos" se for necessário.
Antes restritos à periferia de São Paulo, os eventos ganharam apoio de
movimentos sociais nos últimos dias. A tentativa dos shoppings de
proibir os "rolezinhos" no fim de semana insuflou a organização de novos
encontros.
Ao menos três shoppings da capital conseguiram liminares que proibiam
encontros no último sábado. Quem participasse, poderia ser multado em
até R$ 10 mil.
A Abrasce (associação que reúne 264 shoppings no país) fará uma série de
reuniões de emergência com representantes dos centros comerciais.
Os shoppings não descartam entrar novamente na Justiça para impedir os
"rolezinhos" e vão destacar mais seguranças nos próximos eventos, que
são monitorados.
As reuniões entre os representantes do setor acontecem hoje em São Paulo e amanhã em Porto Alegre. No Rio, ainda não há data.
As reuniões entre os representantes do setor acontecem hoje em São Paulo e amanhã em Porto Alegre. No Rio, ainda não há data.
O fenômeno dos "rolezinhos" surgiu em 2013 como forma de jovens de
periferia buscar diversão, em eventos marcados pelo Facebook. Alguns
tiveram correria e furtos.
As ações judiciais para impedi-los geram polêmica.
As ações judiciais para impedi-los geram polêmica.
Quem é a favor diz que a manifestação leva medo aos demais
frequentadores. Quem é contra alega que a medida é discriminatória e
impede o direito de ir e vir.
No último sábado, a PM usou bombas de gás para dispersar os jovens que
faziam um "rolezinho" no shopping Metrô Itaquera, na capital.