Fonte iBahia
O governo analisou as propostas apresentadas pelas
associações de policiais militares nesta quarta-feira (16) mas informou
em nota divulgada à imprensa esta noite que o aumento de despesa que
aconteceria caso as reivindicações fossem aceitas "ultrapassa o limite
orçamentário do Estado". Ao final da noite, uma reunião entre
representantes dos PMs e deputados, na Assembleia Legislativa, em busca
de mediação, também terminou sem consenso.
"Essa nova pauta nos causa muita surpresa. Falamos
que já estávamos no nosso limite e, hoje, recebemos a proposta com mais
coisas inseridas. Esses pontos nos dariam um gasto anual de mais R$ 600
milhões. Consideramos isso um retrocesso”, afirmou o secretário da
Segurança Pública, Maurício Barbosa, sobre as reivindicações dos PMs.
Apesar disso, o secretário afirma que as negociações
continuam abertas. “Vamos ficar aguardando para que eles encaminhem uma
proposta razoável. Esperamos isso rápido porque dependemos desta
resposta para chegar a um consenso”.
Segundo Barbosa, na terça, antes que a proposta do
governo fosse contemplada na assembleia dos PMs, novas concessões foram
incluídas após reunião com representantes, entre elas a aposentadoria
aos 25 anos de serviços para as mulheres e o aumento do CET, o que já
representaria uma despesa adicional de R$ 50 milhões ao Estado.
Com a greve da PM, tropas federais foram enviadas
pelo governo federal para manter a segurança no estado. Mais de seis mil
soldados já estão nas ruas. O governador Jaques Wagner se encontrou com
o comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra, e com o
secretário Barbosa para discutir a situação e ações de segurança.
Estavam presentes ainda o deputado Marcelo Nilo, presidente da
Assembleia Legislativa; o desembargador Eserval Rocha, presidente do
Tribunal de Justiça da Bahia; o procurador Marcio Fahel, chefe do
Ministério Público estadual; e Pablo Coutinho, que representava o
Ministério Público Federal.
Veja os novos pontos reivindicados pelos PMs
1 - Incorporação de parte da Gratificação GAP ao salário;
2 - Aumento do auxílio-alimentação de R$ 170 para R$ 500;
3 - Redistribuição das gratificações por Condições Especiais de Trabalho (CET) de 32% para 90% para motoristas e 17% para 80% demais praças;
4 - Substituição da CET dos oficiais, de 110 a 125%, para o Regime de Tempo Integral (RTI), com índice de 150% para todos;
5 - Exigência de bacharelado em Direito para entrar no Quadro de Oficiais da PM, em Engenharia para o do Corpo de Bombeiros e nível superior para os demais praças;
6 - Pagamento do GAP para os inativos: o GAP IV agora, e o GAP V daqui a um ano;
7 - Garantia de não ter suprimidos os direitos adquiridos pelas legislações atuais;
8 - Garantir aos representantes de classe os mesmos direitos previstos no estatuto
9 - Fim da cassação do salário ao policial que cometer um crime depois que se aposentar
10 - Anistia administrativa a todos os participantes deste movimento e do de 2012
11 - Criação de um grupo de trabalho para discutir o subsídio
Greve
A greve foi declarada pela Polícia Militar no começo da noite de ontem. Já nesta quarta, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) considerou a greve ilegal. O desembargador Roberto Frank determinou que os PMs retomem o trabalho imediatamente ou as associações da categoria devem receber multa diária de R$ 50 mil.
1 - Incorporação de parte da Gratificação GAP ao salário;
2 - Aumento do auxílio-alimentação de R$ 170 para R$ 500;
3 - Redistribuição das gratificações por Condições Especiais de Trabalho (CET) de 32% para 90% para motoristas e 17% para 80% demais praças;
4 - Substituição da CET dos oficiais, de 110 a 125%, para o Regime de Tempo Integral (RTI), com índice de 150% para todos;
5 - Exigência de bacharelado em Direito para entrar no Quadro de Oficiais da PM, em Engenharia para o do Corpo de Bombeiros e nível superior para os demais praças;
6 - Pagamento do GAP para os inativos: o GAP IV agora, e o GAP V daqui a um ano;
7 - Garantia de não ter suprimidos os direitos adquiridos pelas legislações atuais;
8 - Garantir aos representantes de classe os mesmos direitos previstos no estatuto
9 - Fim da cassação do salário ao policial que cometer um crime depois que se aposentar
10 - Anistia administrativa a todos os participantes deste movimento e do de 2012
11 - Criação de um grupo de trabalho para discutir o subsídio
Greve
A greve foi declarada pela Polícia Militar no começo da noite de ontem. Já nesta quarta, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) considerou a greve ilegal. O desembargador Roberto Frank determinou que os PMs retomem o trabalho imediatamente ou as associações da categoria devem receber multa diária de R$ 50 mil.
Por conta da greve, shoppings, lojas, bancos,
escolas e universidades tiveram o funcionamento alterado. Nesta quarta,
os ônibus começaram a ser recolhidos já a partir das 16h em alguns
pontos da cidade - o Sindicato dos Rodoviários afirmou que por questão
de segurança os coletivos só rodariam nas ruas até as 18h.
Secretário diz que nova proposta está acima do que orçamento do Estado pode pagar (Foto: GovBA)
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O
governador Jaques Wagner deu entrevista coletiva nesta tarde e
classificou a greve de "eleitoreira". "Essa greve é ilegal,
inconstitucional e unilateral", afirmou o governador, dizendo que a
população não devia temer sair as ruas. Salvador recebeu reforço na
segurança com a chegada de mais de 6 mil integrantes de tropas federais
enviadas após decreto da presidente Dilma Rousseff.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse
que as reivindicações da categoria podem ser justas, mas quando "se
colocam contra a sociedade, contra o interesse público, trazendo
insegurança e um clima social perverso, não podem ser tidas como
legítimas".