PM, esposa e amante são suspeitos de fazer orgias com crianças...

Fonte Ibahia
Uma professora foi presa acusada de fazer orgias com o marido, que é policial militar, a amante e os filhos desta, cinco crianças com idades de 5 a 13 anos. Maria de Jesus Borges está detida no Complexo Policial de Barreiras, no oeste baiano, desde a terça-feira (11). O soldado Joilson Lacerda Santana e Carla de Jesus dos Santos, apontada como sua amante também são suspeitos de pedofilia e fugiram. Segundo a denúncia, os três adultos faziam orgias com as crianças na casa onde moravam, em Riachão das Neves.
Além da prisão da professora, a polícia apreendeu em uma fazenda do soldado, perto do distrito de Caripapé, computadores, CDs, DVDs e pendrives, que passarão por perícia. A polícia começou a investigar o caso depois que uma das crianças contou a familiares os abusos que vivia - os crimes aconteciam há cerca de 5 anos, estimam - e estes denunciaram a situação. 
As crianças eram obrigadas a fazer sexo com o trio e, além disso, também presenciavam cenas de sexo entre os pais, a amante e às vezes outros homens e mulheres. As crianças já foram ouvidas e a mais velha, de 13 anos, disse que sofre abusos desde que tinha 10. Além da casa da família e da fazenda, as orgias aconteciam também na casa da amante. Tudo era gravado e os pais obrigavam os filhos a assistirem aos vídeos pornográficos. A mãe das crianças soube da apreensão do material na casa do PM e fugiu. O soldado também fugiu - ele deve ser conduzido ao 10º Batalhão da PM quando for detido.
De acordo com a 11ª Coordenadoria de Polícia do Interior, que cuidou da investigação, o soldado era conhecido na cidade como uma pessoa tranquila, que não levantava suspeitas.

Falece, aos 72 anos, o estilista baiano Di Paula

Fonte Ibahia
Faleceu nesta terça-feira 11/02/2014 o estilista baiano Di Paula, que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Clínicas, em Salvador. Di Paula, 72, deu entrada no hospital com dores no estômago e crise de soluços, mas seu estado de saúde se agravou e ele entrou em coma no último dia 19 de janeiro.O problema do estilista sequer chegou a ser identificado pelos médicos. Di Paula, que era responsável pelo figurino do bloco de Carnaval 'As Muquiranas', também foi responsável por elaborar figurinos de concursos de miss e marcou época na moda da Bahia. Ele também era apresentador.

 

"Parceiro de longa data"
Em nota enviada à imprensa no início desta tarde, a equipe do bloco "As Muquiranas" lamentou a morte de Di Paula. Confira na íntegra.
"Muita alegria, irreverência e criatividade. Assim foi a trajetória de mais de 20 anos, de um dos estilistas mais famosos da Bahia no bloco de travestidos As Muquiranas. Durante esse período, Di Paula criou fantasias que para sempre ficarão na memória do folião e na história do grupo carnavalesco. Baiana (1991); She-Ha (2009); Gueixa (2011); Afrodite (2013) e Mosqueteiras (2014) - última criação do estilista para o bloco - foram alguns dos temas que encantaram pela beleza e graciosidade das fantasias.
Hoje, é um dia de tristeza, para os familiares, amigos e admiradores do estilista, e também para a equipe As Muquiranas que perde um grande amigo e parceiro de longas datas. Mais do que criar fantasias, Di Paula sabia e sentia a essência das Muquiranas e sua trajetória para sempre ficará marcada na história do nosso bloco".

Mãe Menininha do Gantois - 120 anos de tradição

Fonte Ibahia
Exposição Mãe Menininha do Gantois - 120 anos de tradição
O terreiro de Candomblé Gantois celebra nesta segunda-feira (10) a memória da Ialorixá Mária Escolástica da Conceição Nazaré, conhecida como "Mãe Menininha", que completaria neste dia 120 anos. Ela morreu em 1986, aos 94 anos, e é considerada uma das mais admiradas mães de santo do Brasil.
Para homenagear a ialorixá, o Instituto ACM - Ação, Cidadania e Memória irá abrir na terça-feira (11) a exposição Mãe Menininha do Gantois - 120 anos de tradição. A mostra segue até o dia 22 de março, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e de 13h30 às 17h, e aos sábados das 9h às 12h, na rua Saldanha da Gama, no Pelourinho. A entrada é franca.

História
Mãe Menininha era filha dos descendentes de africanos Joaquim e Maria da Glória, que eram da nação Egbá-Arakê, das terras de Agbeokutá, no sudoeste da Nigéria. A Ialorixá era bisneta dos negros libertos Maria Júlia da Conceição Nazareth e Francisco Nazareth de Eta.
A mãe de santo foi iniciada no Candomblé aos oito meses de idade, para o orixá Oxum e, desde cedo, seguiu a tradição da família na religião no terreiro do Gantois. O templo religioso, que fica no bairro da Federação, em Salvador, tem origem Ketu, e mantém a política do matriarcado e de sucessão hereditária familiar.
Nasceu em 1894, no dia de Santa Escolástica, na Rua da Assembléia, entre a Rua do Tira Chapéu e a Rua da Ajuda, no Centro Histórico de Salvador, tendo como pais Joaquim e Maria da Glória. Descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá do terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.

Foi apelidada Menininha, talvez por seu aspecto franzino. “Não sei quem pôs em mim o nome de Menininha… Minha infância não tem muito o que contar… Agora, dançava o candomblé com todos desde os seis anos”.

Foi iniciada no culto dos orixás de Keto aos 8 anos de idade por sua tia-avó e madrinha de batismo, Pulchéria Maria da Conceição (Mãe Pulchéria), chamada Kekerê - em referência à sua posição hierárquica, Iyá kekerê (Mãe pequena). Menininha seria sua sucessora na função de Iyalorixá do Gantois. Com a morte repentina de Mãe Pulchéria, em 1918, o processo de sucessão foi acelerado. Por um curto período, enquanto a jovem se preparava para assumir o cargo, sua mãe biológica, Maria da Glória Nazareth, permaneceu à frente do Gantois.

Foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois e a mais famosa de todas as Iyálorixá brasileiras. Sucessora de sua mãe, Maria da Glória Nazareth, foi sucedida por sua filha, Mãe Cleusa Millet. "Minha avó, minha tia e os chefes da casa diziam que eu tinha que servir. Eu não podia dizer que não, mas tinha um medo horroroso da missão (...): passar a vida inteira ouvindo relatos de aflições e ter que ficar calada, guardar tudo para mim, procurar a meditação dos encantados para acabar com o sofrimento." 

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O terreiro, que inicialmente funcionava na Barroquinha, na zona central de Salvador, foi posteriormente, transferido para o bairro da Federação onde hoje é o Ilê Axé Iyá Nassô Oká, na Avenida Vasco da Gama, do qual Maria Júlia da Conceição Nazaré sua avó também fazia parte. Com o falecimento da iyalorixá da Casa Branca Iyá Nassô, sucedeu Iyá Marcelina da Silva Oba Tossi. Após a morte desta, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueiredo, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo que era a substituta legal (Iyakekerê) tomar a posse como Mãe do Terreiro. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais discidentes e fundaram outra Ilé Axé, o (Terreiro do Gantois), instalando-se em terreno arrendado aos Gantois - família de traficantes de escravos e proprietários de terras de origem belga - pelo cônjuge de Maria Júlia, o negro alforriado Francisco Nazareth de Eta. Situado num lugar alto e cercado por um bosque, o local de difícil acesso era bem conveniente numa época em que o candomblé era perseguido pelas forças da ordem. Geralmente, os rituais terminavam subitamente com a chegada da polícia.

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Em 1922, através do jogo de búzios, os orixás Oxóssi, Xangô, Oxum e Obaluaiyê confirmaram a escolha de Menininha, então com 28 anos. Em 18 de fevereiro daquele ano, ela assume definitivamente o terreiro. "Quando os orixás me escolheram eu não recusei, mas balancei muito para aceitar", contava.

A partir da década de 1930, a perseguição ao candomblé vai arrefecendo, mas uma Lei de Jogos e Costumes, condicionava a realização de rituais à autorização policial, além de limitar o horário de término dos cultos às 22 horas. Mãe Menininha foi uma das principais articuladoras do término das restrições e proibições. "Isso é uma tradição ancestral, doutor", ponderava a iyalorixá diante do chefe da Delegacia de Jogos e Costumes. "Venha dar uma olhadinha o senhor também."

Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos - uma abertura que, em muitos terreiros, ainda é vista com certo estranhamento. Mas afinal, a Lei de Jogos e Costumes foi extinta em meados dos anos 1970. "Como um bispo progressista na Igreja Católica, Menininha modernizou o candomblé sem permitir que ele se transformasse num espetáculo para turistas", analisa o professor Cid Teixeira, da Universidade Federal da Bahia.
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Nunca deixou de assistir à missa e até convenceu os bispos da Bahia a permitir a entrada nas igrejas de mulheres, inclusive ela, vestidas com as roupas tradicionais do candomblé.

Aos 29 anos, Menininha casou-se com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de escoceses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem. “Meu marido, quando me conheceu, sabia que eu era do candomblé… A gente viveu em paz porque ele passou a gostar de Candomblé. Mas, quando fui feita Iyalorixá, passamos a morar separados. No meu terreiro, eu e minhas filhas. Marido não. Elas nasceram aqui mesmo”. 

Em uma entrevista à revista IstoÉ, mãe Carmem conta que ela adorava assistir telenovelas, sendo que uma de suas preferidas teria sido Selva de Pedra. Era colecionadora de peças de porcelana, louça e de cristais, que guardava muito zelo. Não bebia Coca-Cola, pois certa vez lhe disseram que a bebida servia para desentupir os ralos de pias, e ela temia que a ingestão da bebida fizesse efeito análogo em si.

Mãe Menininha do Gantois faleceu em Salvador em 1986 de causas naturais, aos 92 anos de idade.

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