Israel e Palestina: Conheça a história e entenda o conflito

Fonte Wikipedia
Muitas pessoas terem visto, seja na TV ou na Web as pessoas falando sobre o conflito entre Israel e Palestina. Embora este blog seja voltado para catequese, penso que é importante também abordarmos este assunto aqui, até porque nesta região que hoje se encontra em guerra repousam muitos tesouros da Fé Católica. Ali foi o berço da Civilização Cristã.
É importante dizer que na minha opinião (não é a opinião da Igreja, mas a minha opinião pessoal ok?) o que mais torna esta guerra infeliz é fato de ver o lado palestino usando das velhas táticas terroristas para causar pânico e medo. Nenhuma guerra é boa, mas a pior guerra é aquela que se faz com guerrilha, usando seres humanos como escudo. A paz é possível (sempre é graças a Deus) e o Santo Padre tem feito o possível para que isso aconteça, mas acima de tudo é necessário que haja respeito pelas vidas que lá estão, sobretudo a vida de civis, sejam eles católicos, ortodoxos, judeus ou muçulmanos. Logo abaixo trago a história deste conflito e alguns pontos  que você pode conhecer caso deseje.
É importante frisar também que não sou um especialista no assunto, portanto caso você tenha outras informações que possam ajudar os nossos leitores, comente este post. É conversando que agente aprende e cresce!
Entenda a História
Tudo começou há muito tempo atrás, no século III d.C., onde os judeus foram obrigados a deixar sua terra pelos Romanos. Passado algum tempo, o Islamismo iniciou a sua expansão através de várias conquistas: Damasco, em 635; Jerusalém, em 638; Alexandria, em 643; assédios de Constantinopla, em 673 e 717; Cartago, em 698 e, em 711, chegam à Espanha e ali se fixam após as derrotas para os franceses, em 732.
O tempo passou e em 1897, durante o primeiro encontro sionista (que é um movimento internacional judeu), ficou decidido que os judeus retornariam em massa à Terra Santa, em Jerusalém de onde muitos foram expulsos. Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX.
Quando os judeus começaram a retornar para a terra que era sua (desde sempre diga-se de passagem), a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil.
Em 1948, pouco antes da criação do Estado de Israel, os judeus somavam 600 mil.
O Nazismo e a problemática dos judeus
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os nazistas com o desejo de criar uma raça pura, passaram a perseguir os judeus. Por isso o fluxo de imigrantes (e estamos falando de milhões de judeus) se dirigiam à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa. E isto acarretou em um outro problema: Como equacionar esta invasão judaica às terras palestinas?
Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema com a criação de um “Estado duplo”: o território seria dividido em dois Estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como “enclave internacional”. Os judeus aceitaram a proposta. Os árabes não.
As guerras
No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Os exércitos de Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados.
Em 1967, aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da região, na chamada “Guerra dos Seis Dias”. Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia e conquistou, de uma só vez, toda a Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.
Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.
De lá para cá as guerras não acabaram mais. O fato é que com o apoio de Washington ao longo dos anos, Israel permanece nos territórios ocupados e continua se negando a se retirar de todas as regiões conquistadas durante a Guerra dos Seis Dias, mesmo com toda pressão da ONU.

Cisma Palestino
Em junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se dividiu, após um ano de confrontos internos violentos entre os partidos Hamas e Fatah que deixaram centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido sunita do Movimento de Resistência Islâmica, e a Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
O Hamas havia vencido as eleições legislativas palestinas um ano antes, mas a Autoridade Palestina havia sido pressionada e não permitiu um governo independente por parte do premiê Ismail Hamiya. Abbas declarou estado de emergência e destituiu Hamiya do cargo, mas o Hamas manteve o controle de fato da região de Gaza.
Quem é o Hamas?
O Hamas é considerado como organização terrorista pelo Canadá, União Europeia, Israel, Japão e Estados Unidos A Austrália e o Reino Unido consideram como organização terrorista somente o braço militar da organização – as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam.Outros países, como a África do Sul, a Rússia, a Noruega e o Brasil não consideram o Hamas como organização terrorista. Na Jordânia, o Hamas tinha uma presença forte até o final da década de 1990, o que causava atritos entre o governo jordaniano e Israel. O rei Abdullah fechou a sede do Hamas na Jordânia e expulsou seus líderes.
Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matou Osama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando bin-Laden de “guerreiro sagrado”, e a operação como um assassinato.
Hamas e Israel 
O Hamas preconiza a luta armada contra Israel e seus civis, por todos os meios, visando à formação de um estado independente palestiniano “… desde o Rio Jordão até o mar”. Sua carta de princípios, redigida em 1988, preconiza o estabelecimento de um estado muçulmano na Palestina histórica – incluindo portanto Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Em sua carta fundamental, em seus escritos e muitas de suas declarações públicas, o Hamas usa um discurso de ódio contra Israel. Internamente, o grupo mantém uma agenda propagandística que inclui, por exemplo, a transmissão em seu canal de TV, Al-Aksa TV, de programas como o seriado infantil Pioneiros do Amanhã, de conteúdo antiamericano e antissemitismo.
Apesar disso, os dirigentes do Hamas constantemente descrevem o conflito com Israel como político e não religioso ou antissemita. Segundo seu dirigente, Khalid Meshal, a Carta de Princípios da organização “não prega de modo algum a destruição de Israel”. Leia o que o Hamas pensa sobre a resolução para o conflito:
“Não há solução para o problema palestino a não ser pela jihad (guerra santa). Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa. O povo palestino é muito importante para que se brinque com seu futuro, seus direitos e seu destino. Como consta do Hadith: “O povo de Al-Sha’m é o açoite (de Alá) na Sua terra. Por meio dele, Ele se vinga de quem Ele quer, dentre os Seus servos. Os hipócritas não podem ser superiores aos crentes, e devem morrer em desgraça e aflição.” (Estatuto do Hamas) 
Conheça o estatuto do Hamas e veja que nele existe um ódio aos judeus
 Uma proposta de cessar-fogo duradouro
Em fevereiro de 2006, o Hamas, através de Khalid Meshal, propôs um cessar-fogo duradouro – tendo sido sugerida uma trégua de 10 a 15 anos – desde que Israel devolvesse os territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Novos impasses
Em 2010, a tensão voltou a subir. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, decretou a construção de 1.600 novas casas para judeus no setor oriental de Jerusalém, reivindicado pelos palestinos como sua capital. O anúncio causou oposição até de aliados ocidentais de Israel, como os EUA. A Autoridade Palestina considera a ocupação judaica na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental o maior impedimento para a paz.
Espero que estas informações sejam úteis para que você conheça e se interesse pelo assunto, e mais que isso: Que possamos rezar muito para o fim desta guerra.  Eu particularmente rezo muito pela paz e peço a Deus pelo fim do terrorismo. Na minha opinião tudo aquilo que coloca a vida de inocentes em risco deve ser erradicado do nosso planeta.   
                       

Grandes Perdas 2014

Três grandes perdas (e sentidas) para a literatura brasileira em um período tão curto. Descansem em paz!

Morre aos 87 anos o escritor Ariano Suassuna, o cavaleiro do sertão

Fonte Globo
Autor paraibano foi vítima de uma parada cardíaca, em Recife, onde viveu a maior parte de sua vida.
Morreu no Recife, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. "O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana".O velório do corpo do escritor começa ainda esta noite, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23h, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. 
Na aula-espetáculo, Ariano mistura causos, informações sobre elementos da cultura popular nordestin a (Foto: Costa Neto / Secretaria de Cultura de Pernambuco)
Internamentos
Em 2013, Ariano foi internado duas vezes. A primeira delas em 21 de agosto, quando sentiu-se mal após sofrer um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções, de acordo com os médicos, e ficou internado na unidade coronária, mas depois foi transferido para um apartamento no hospital. Recebeu alta após seis dias, com recomendação de repouso e nenhuma visita.Dias depois, um aneurisma cerebral o levou de volta ao hospital. Uma arteriografia foi feita para tratamento e ele saiu da UTI para um apartamento do hospital, de onde recebeu alta seis dias depois da internação, no dia 4 de setembro.Na noite de segunda-feira (21), Ariano Suassuna deu entrada no hospital e foi operado após o diagnóstico do AVC. A cirurgia foi para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Na noite de terça, o quadro dele se agravou, devido a "queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada", conforme foi informado em boletim.
UMA BIBLIOTECA DE HERANÇA
Ariano Suassuna obedeceu. Em vez disso, dizia estar perto de perdoar os criminosos que mataram seu pai. A mãe e viúva também ajudou, ao dizer que o pistoleiro responsável pelo crime já havia morrido (era mentira). Com a tragédia, a família mudou-se para a pequena cidade de Taperoá, no interior da Paraíba. E Ariano herdou a biblioteca do pai, onde encontrou livros importantes para sua formação. Um dos mais importantes, sem dúvida, foi “Os sertões”, de Euclides da Cunha. A obra lhe apresentou um dos personagens que mais marcaram sua vida: Antônio Conselheiro, profeta e líder de Canudos.
Em 1942, Suassuna foi para Recife concluir o ensino básico. Anos depois, na faculdade de Direito, ajudou a fundar o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, encenou sua primeira peça: “Uma mulher vestida de sol”. Nove anos depois, levaria aos palcos seu texto mais conhecido, “Auto da Compadecida”, que ganharia adaptações na TV e no cinema.
Havia quem acusasse o escritor de lutar contra moinhos de vento: o escritor se apresentava como um defensor da cultura popular brasileira, contra a invasão da indústria cultural norte-americana. Falava mal de Madonna e Michael Jackson. Não à toa, quando foi secretário de Cultura do governo Miguel Arraes, nos anos 1990, tornou-se um ferrenho opositor do maracatu eletrônico e do manguebeat. Ele se recusava, por exemplo, a chamar Chico Science, o vocalista da Nação Zumbi, pelo nome artístico. Dizia “Chico Ciência”.
A defesa da cultura nacional, que muitas vezes lhe rendeu o rótulo de xenófobo, já vinha no sangue e no nome da família. Na onda nacionalista depois da Independência, em 1822, vários brasileiros adotaram nomes indígenas. Seu bisavô Raimundo Sales Cavalcanti de Albuquerque escolheu Suassuna, de origem tupi, e nome de um riacho da região onde a família vivia. Nos anos 1970, fazendo jus ao nacionalismo da linhagem, Ariano fundou o Movimento Armorial, que defendia a criação de uma cultura erudita com bases na cultura popular — e toda a sua obra orbita em torno desse ideal. Em 1989, o sertanejo foi eleito para a cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono era Araújo Porto-Alegre. Sexto ocupante da cadeira, Suassuna nunca foi um imortal de frequentar os eventos da instituição. Era uma espécie de filho pródigo da ABL.
NOVA OBRA VINHA SENDO ESCRITA HÁ MAIS DE 20 ANOS
Para além de sua obra, o escritor paraibano ficou famoso também por dar aulas em que dissecava a cultura brasileira, as suas origens ibéricas, a tradição dos violeiros, dos cantadores, das rabecas, dos cordéis. Eram aulas-espetáculo. E a última foi na sexta-feira passada, no 24º Festival de Inverno de Garanhuns, a 230 quilômetros de Recife. O Teatro Luiz Souto Dourado ficou lotado, como sempre acontecia nesses eventos. Um dos motivos de tanto sucesso era o bom humor do escritor, uma de suas marcas. Não que tenha sido sempre assim. Suassuna atribuía o aparecimento do humor em sua vida ao encontro com Zélia, sua mulher há mais de 50 anos. Para Suassuna, ela havia “desatado alguma coisa” dentro dele. “O riso a cavalo e o galope do sonho são as duas armas de que disponho para enfrentar a dura tarefa de viver”, escreveu em “A pedra do reino”.Ariano Suassuna trabalhava em um novo livro, "O jumento sedutor", havia mais de 20 anos, e planejava o lançamento para este ano. A demora não era para menos. Seu processo de criação era lento: escrevia e reescrevia, várias vezes, à mão. Depois, copiava para a máquina de escrever e, só então, corrigia. Era aí que o escritor passava tudo a limpo, novamente à mão. Às vezes, descartava todo o material e voltava ao começo do processo. Como ilustrava os próprios livros e ainda parava para dar suas famosas aulas-espetáculo pelo país, demorava mais ainda. Sem título, o romance seria a continuação de “A pedra do reino”.
Além do amor pela literatura, havia espaço para o futebol: seu time do coração era o Sport Club do Recife, que até o homenageou em seu uniforme em 2013 com uma frase que ele costumava repetir: "Felicidade é ser Sport". Suassuna tinha fama de pé quente.Entre as muitas homenagens que recebeu, uma das que mais o marcaram foi o desfile da escola de samba Império Serrano, que levou para a avenida o enredo "Aclamação e coroação do imperador da pedra do reino Ariano Suassuna", em 2002. "Um escritor que ama o seu país não pode querer homenagem maior que esta", disse.Em 2007, ele assumiu a secretaria de Cultura de Pernambuco a convite do governador Eduardo Campos, e chegou a ocupar outros cargos até deixar o governo recentemente, em abril de 2014.O ano de 2007 também foi marcado pela celebração dos 80 anos do escritor em todo o Brasil. As homenagens o levaram a viajar de Norte a Sul do país. Uma epopeia para um homem que, além de apreciar o sossego, detestava avião. Mesmo assim, o apaixonado e muitas vezes polêmico defensor da cultura popular brasileira seguia adiante. Mas brincava: se soubesse que chegar aos 80 anos daria tanto trabalho, teria ficado nos 79.