chefe de UTI de hospital é presa por suspeita de eutanásia Paraná

Fonte Terra
A chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba, um dos principais da capital paranaense, foi presa, nesta terça-feira, pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) da Polícia Civil do Paraná. A médica Virginia Helena Soares de Souza é acusada de praticar eutanásia em pacientes em estado grave, e teve a prisão temporária de 30 dias decretada.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso é sigiloso e que as investigações ainda estão em curso. Não há informações sobre por quantas mortes a médica, que trabalha há 20 anos no hospital, está sendo responsabilizada.

 Médica chefe da UTI do hospital Evangélico, Virgínia Helena Soares de Souza, sendo conduzida por policiais  Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo / Futura Press
O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, também emitiu nota informando que acompanhou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão de prontuários médicos e outros documentos relativos a internações e mortes de pacientes do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba.
O órgão também acompanhou o cumprimento do mandado de prisão temporária de médica, com o objetivo de apurar diversos ilícitos, mas informou que manterá sigilo sobre o caso. "Para não prejudicar o andamento das investigações e tendo em vista o sigilo das informações contidas no procedimento, que inclui informações pessoais de pacientes, o Ministério Público não fornecerá, no momento, detalhes a respeito dos fatos em apuração", diz a nota.
A Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Evangélico informaram que abriram sindicância para investigar o caso. O advogado da médica, Elias Mattar Assad, alegou, também em nota, que Virginia não praticou nenhum ato ilícito e que a "suspeita deriva de errada interpretação de escuta telefônica e/ou pessoas próximas não familiarizadas com procedimentos de UTI".