Fonte Terra
A chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do
Hospital Evangélico de Curitiba, um dos principais da capital
paranaense, foi presa, nesta terça-feira, pelo Núcleo de Repressão aos
Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) da Polícia Civil do Paraná. A médica
Virginia Helena Soares de Souza é acusada de praticar eutanásia em
pacientes em estado grave, e teve a prisão temporária de 30 dias
decretada.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso é
sigiloso e que as investigações ainda estão em curso. Não há informações
sobre por quantas mortes a médica, que trabalha há 20 anos no hospital,
está sendo responsabilizada.
O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria
de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, também emitiu nota
informando que acompanhou o cumprimento dos mandados de busca e
apreensão de prontuários médicos e outros documentos relativos a
internações e mortes de pacientes do Hospital Universitário Evangélico
de Curitiba.
O órgão também acompanhou o cumprimento do mandado de
prisão temporária de médica, com o objetivo de apurar diversos ilícitos,
mas informou que manterá sigilo sobre o caso. "Para não prejudicar o
andamento das investigações e tendo em vista o sigilo das informações
contidas no procedimento, que inclui informações pessoais de pacientes, o
Ministério Público não fornecerá, no momento, detalhes a respeito dos
fatos em apuração", diz a nota.
A Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Evangélico
informaram que abriram sindicância para investigar o caso. O advogado da
médica, Elias Mattar Assad, alegou, também em nota, que Virginia não
praticou nenhum ato ilícito e que a "suspeita deriva de errada
interpretação de escuta telefônica e/ou pessoas próximas não
familiarizadas com procedimentos de UTI".