Fonte Terra
A visita
do papa Francisco ao Brasil está sendo acompanhada ao vivo na Argentina
por meio das principais emissoras de televisão, rádios, redes sociais e
até em um telão instalado no centro de Buenos Aires.
A Embratur instalou um telão na Plaza San Martín, no centro da capital argentina,
que transmite ao vivo todo o roteiro do papa Francisco pelo Brasil.
Porém, a temperatura próxima de zero grau na Argentina durante a
exibição da missa em Copacabana desestimulou o comparecimento em massa
dos moradores. A expectativa, porém, é de que um público maior seja
registrado no fim de semana.
Nas
ruas de Buenos Aires, os comentários variam entre o entusiasmo e a
indiferença. "Ele é argentino e está encantando os brasileiros. É motivo
de orgulho para todos nós", disse a dentista Florência, de 37 anos, que
recentemente esteve no Rio de férias com o marido e os filhos. "Nós
estamos vendo tudo pela televisão. Emocionante o amor dos brasileiros
para com ele", disse.
O jornaleiro Juan Almendíaz, de 48 anos, disse que a visita do Papa ao Brasil
é acompanhada com "fervor" por sua família, mas ele "nem tanto". "Ele é
franciscano, sempre foi preocupado com os pobres, os excluídos, sempre
visitou as villas (favelas) e acho bom, mas não sou católico
praticante", afirmou.
Em
uma emissora de televisão, um correspondente afirmou: "é um Papa que
diz e que faz e que está emocionando os argentinos, os brasileiros e
todos". A TV classificou a missa desta quinta-feira como 'Franciscomanía
em Copacabana".
"Bagunça"
Uma das frases do Pontífice - dita a uma multidão de argentinos na catedral do Rio de Janeiro - se tornou umas das mais comentadas nos sites e nas rádios da Argentina: "quiero que hagan lío en las dióceses" (quero que façam bagunça nas dioceses, em tradução livre).
Uma das frases do Pontífice - dita a uma multidão de argentinos na catedral do Rio de Janeiro - se tornou umas das mais comentadas nos sites e nas rádios da Argentina: "quiero que hagan lío en las dióceses" (quero que façam bagunça nas dioceses, em tradução livre).
O radialista Pepe Eliachev fez a pergunta aos ouvintes, na rádio Mitre,
de Buenos Aires, para saber o que a frase poderia significar. "Acho que
ele quis dizer que agitem, que participem, que levem a Igreja para a
rua, como já dizia aqui em Buenos Aires", disse uma ouvinte.
O jornalista Gustavo Sierra escreveu no site do Clarín que
a frase dita aos "mais de 40 mil jovens argentinos" que estão no Rio de
Janeiro é "provocadora". Na última vez que foi dita frase semelhante,
nos anos setenta, "provocou uma verdadeira revolução aumentando a
participação dos jovens na Igreja" tanto de esquerda quanto de direita,
escreveu o jornalista.
No canal 9 o debate foi o mesmo. "O que ele quis dizer com fazer bagunça? Surpreendeu. Mas ele é de carne e osso e sabe o que diz", disseram.
Ex-sacerdote
Desde que o ex-sacerdote da igreja de São José de Flores e ex-cardeal de Buenos Aires foi escolhido papa, em março, muitos cidadãos argentinos passaram a se gabar de ter tido algum tipo de contato prévio com Jorge Mario BergoglioAlguns disseram que receberam uma carta dele, foram batizados ou que fizeram a primeira comunhão com ele. "Uma carta de punho e letra e ele me perguntando até pelos meus pais", disse o padre Mario Miceli, que integra a comitiva de peregrinos argentinos que saíram de avião e de ônibus de Buenos Aires.
Desde que o ex-sacerdote da igreja de São José de Flores e ex-cardeal de Buenos Aires foi escolhido papa, em março, muitos cidadãos argentinos passaram a se gabar de ter tido algum tipo de contato prévio com Jorge Mario BergoglioAlguns disseram que receberam uma carta dele, foram batizados ou que fizeram a primeira comunhão com ele. "Uma carta de punho e letra e ele me perguntando até pelos meus pais", disse o padre Mario Miceli, que integra a comitiva de peregrinos argentinos que saíram de avião e de ônibus de Buenos Aires.