Blocos afro completam 40 anos no carnaval de Salvador-Ba

Fonte G1
O batuque dos tambores, o colorido das fantasias, a dança e a alegria contagiante são as marcas dos blocos afro, que há 40 anos arrastam milhares nas ruas de Salvador. Junto com os afoxés, representam a cultura negra e são os homenageados do carnaval deste ano.
Em 1974, no Bairro da Liberdade, dois amigos decidiram criar uma agremiação carnavalesca formada só de negros. Nascia assim o Ilê Aiyê. Antônio Carlos Vovô, um dos fundadores, conta que o bloco afro surgiu para combater o racismo. “Na época, os grandes blocos e clubes eram todos de brancos. A participação do negro era só tocando ou carregando alegorias. Por isso, resolvemos criar um bloco onde o negro fosse também peça principal”, disse.
http://s2.glbimg.com/KnU82fl6b8UHfkiEtil4MnRNJRTwUFtLlgPx2QNDI5UWfq13MjXS9h8ZoGzLjq86/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/02/10/2013-02-10t154708z_1219268332_gm1e92a1tnz01_rtrmadp_3_brazil-carnival.jpg
O primeiro desfile teve 100 participantes. Quatro décadas depois, os associados somam mais de 3 mil. Em sua trajetória, o Ilê Aiyê levou novos ritmos para a festa e contribuiu para a criação de outros blocos afro, como o Malê Debalê (1979), Olodum (1979), Muzenza (1981), Cortejo Afro (1998) e o Bankoma (2000). No carnaval deste ano, o tema do bloco é Do Ilê Axé Jitolú para o Mundo, “Ah, se não fosse o Ilê Aiyê”, que vai contar o contexto histórico em que o bloco foi criado. "O Ilê Aiyê surge dentro do Ilê Axé Jitolu, com as bênçãos da Yalorixá Hilda Jitolu, com a intenção de mudar o paradigma do carnaval de Salvador. Ao longo dos seus 40 anos, abordou vários assuntos ligados à temática negra", conforme site do bloco.
Para o professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez, os blocos contribuem para a preservação da cultura africana. “Os blocos afro têm uma importância na cena cultural baiana que ultrapassa largamente o carnaval. Quando emergem, causam um impacto que vai se espraiar pelo conjunto da cultura baiana e vai trazer não só um desejo de participar da festa, mas um desejo de afirmação étnica e política das comunidades negras e mestiças”, explica.
Nas músicas, os blocos falam sobre a valorização da cultura negra e a luta contra o preconceito. O ritmo fica por conta dos instrumentos de percussão: atabaque, surdo, repique, timbau e tarol.
http://gatasnegrasbrasileiras.files.wordpress.com/2013/11/40-anos.jpg
Já no bloco Didá, as mulheres assumem o comando do tambor. Integrante do grupo, Viviane Queiroz, 37 anos, explica qual é o diferencial do bloco, composto somente por mulheres. “Nós adaptamos a herança da dança afro ao tambor. Hoje, a gente tem uma forma feminina e diferenciada de tocar. Podemos explorar as coreografias e dançar, coisa que os homens não fazem”. Criado para inclusão das mulheres negras no cenário musical, o Didá desfilou pela primeira vez em 1995, com cerca de 100 integrantes vestidas de egípcias. No ano seguinte, 2 mil saíram pelas ruas em homenagem a princesa Anastácia. Atualmente, são 3 mil associadas.
http://fw.atarde.uol.com.br/2014/02/340x255_1389659.jpg
Nomeado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, o Pelourinho, no centro histórico, é palco dos desfiles da maioria dos grupos e também onde surgiu o Olodum, que tem como marca o samba-reggae. “O Olodum criou esse ritmo com o músico Neguinho do Samba, nos anos 80, em Salvador”, diz o presidente do bloco, João Jorge.
Além dos desfiles, a maioria dos blocos promove ações educativas e de formação profissional para os moradores das periferias. O Olodum, por exemplo, ensina 460 crianças e jovens da região a cantar e tocar um instrumento. “A gente também tem aula de liderança. Eles falam sobre o racismo, ensinam a gente a nos conhecer melhor", conta Dandara Amorim, 16 anos, que há dois anos frequenta as aulas de dança.
á os afoxés, que significa candomblé de rua, levam para a folia os rituais dos terreiros. Um dos mais representativos é o Afoxé Filhos de Gandhy, criado em 1949 por estivadores do Porto de Salvador. No primeira vez que desfilou, apesar de mais de 100 inscritos, apenas 36 participantes saíram com medo da repressão policial.
O nome foi sugerido por um dos principais fundadores, Vavá Madeira, inspirado na história do líder indiano Mahatma Gandhi, que tinha sido assassinado um ano antes. “Para evitar represálias, o fundador Almir Fialho deu a ideia para mudar a grafia do nome Gandhi, inserindo as letras 'dh' e trocou o 'i' por 'y', ficando Gandhy”, segundo informações publicada no site do bloco.
O grupo é composto somente por homens e há 65 anos tem como objetivo disseminar uma mensagem de paz. De acordo com o presidente da entidade, Agnaldo Silva, os Filhos de Gandhy são uma mistura dos preceitos hindus com as tradições da África. “A nossa indumentária [roupas e acessórios] é hindu, porém nós cultuamos o sincretismo do candomblé”, explicou.
A fantasia é composta por um lençol costurado nas laterais e uma pintura na parte frontal com o tema do desfile. No turbante, é aplicado o broche redondo com uma pedra azul, paa simbolizar os marajás indianos. Nos pés, sandálias, meias e faixa. Os colares, azul e branco, reverenciam os orixás Oxalá e Ogum. Antes dos festejos, os integrantes seguem rituais sigilosos e têm obrigações (padê), como forma de respeito ao candomblé. Os afoxés apresentam um ritmo mais leve, com três instrumentos principais: atabaque, agogô e xequerê (parecido com um chocalho). 
Com o tema É Diferente, É Carnaval de Salvador, a capital baiana vai homenagear os 40 anos dos blocos afro. O movimento batizado de Afródromo, que reúne os blocos, terá três dias de apresentações no circuito Osmar (Campo Grande): domingo, segunda-feira e terça-feira, a partir das 18h30, atendendo ao horário solicitado pelos blocos, que criticavam os desfiles durante a madrugada.
http://www.jcnet.com.br/banco_imagem/images/esportes/bloco%20Olodum%20-%20Divulga%C3%A7%C3%A3o%20Facebook%20Banda%20Olodum.png

Sucom interdita parque na avenida Paralela - Salvador/Ba

Fonte Ibahia
A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), interditou o Golden Park depois do acidente que deixou quatro pessoas feridas na noite desta terça-feira (25). De acordo com o órgão, uma vistoria feita no local constatou que houve um rompimento da fibra da base de um dos carrinhos do brinquedo, o que teria ocasionado a queda de uma altura de aproximadamente 1,5 metro.

 
Segundo a administração do parque, a equipe de funcionários conta com brigadistas e um relatório de inspeção no brinquedo foi realizado em novembro de 2013, e tem validade até 30 de março deste ano. Além disto, o Golden Park informou que são realizadas vistorias periódicas no equipamento, e que todos os materiais do 'Happy Mountain' estão legalizados e com alvará válido da prefeitura de Salvador. Ainda segundo a administração, eles estão oferecendo toda a assistência às famílias das vítimas, que passam bem e já foram liberadas do Hospital Geral do Estado HGE.
A Sucom ressaltou que o Golden Park apresentou o laudo técnico, assinado por um profissional credenciado ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA) e que todas as condições e licença foram atendidas pelo parque de diversão que foi entregue à Sucom, em outubro de 2013 e tem validade até março de 2014.
Relembre o caso
O acidente aconteceu por volta das 19h30 de terça-feira (25) quando uma parte do brinquedo 'Happy Mountain', que tem um metro e meio, e pode alcançar até 3 metros de altura e atingir uma velocidade de até 20 km/h se soltou. Vanderson dos Santos Ramos, 19 anos; Francisco Carlos Santos Filho, 20; Caio Lucas de Santana Batista, 15 anos, e Sara de Almeida Andrade, 17 anos, ficaram feridos com o acidente. O estado de saúde dos jovens não foi divulgado pelo posto de Polícia Civil do HGE.

Mapas indicam localização dos serviços nos três circuitos do Carnaval - Salvador/Ba

Fonte IBahia
O Carnaval já está chegando! A Prefeitura de Salvador divulgou nesta segunda-feira (24) mapas dos circuitos Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande) e Batatinha (Centro Histórico).
Os mapas indicam a localização de postos operacionais e serviços, a exemplo dos bombeiros, o Juizado de Menores e postos de saúde, por exemplo. Entre outras informações, os foliões poderão saber também a localização de pontos de táxi, áreas de estacionamento regulamentado, áreas de acesso restrito e áreas de livre acesso.


Apaxes do Tororó festeja 45 anos de Carnaval e resistência social

Fonte IBahia

O bloco desfila no domingo com a participação de 300 índios de 20 diferentes aldeias; também se prepara para um projeto de revitalização, que inclui reforma da sede e um documentário.

bloco a colocar sonorização, a sair com serviço de enfermagem, de bar, carro de apoio e música própria... O bloco de índios Apaxes do Tororó, fundado em 1968 - pelos integrantes da Escola de Samba Filhos do Tororó -, teve momentos de auge nas décadas de 60 e 70, mas também foi perseguido e tido como um grupo de marginais, mas sobreviveu, criou sua história e, neste Carnaval, comemora seus 45 anos de trajetória. 


"Passamos por muitas agruras, dificuldades e fomos perseguidos por tudo e por todos. Na década de 70, durante a ditadura, nenhum bloco sofreu o que o Apaxes sofreu, de ser desmoralizado em plena avenida no ano de 1977, quando a Polícia batia e prendia todos os negros índios metropolitanos. O Apaxes completava nove anos e, no ano seguinte, saimos com batedor americano. A partir daí o Apaxes vem lutando e representando a resistência do Carnaval da Bahia. Nenhum bloco passou o que o Apaxes passou, de sair em um ano com 8.445 pessoas e, no ano seguinte, só ter mil pessoas participando do seu Carnaval, era um dos maiores blocos da época", relembra Adelmo Costa, atual presidente da agremiação.
A comemoração de toda essa história será vista pelo público no próximo domingo, a partir das 18h, no Circuito Osmar (Campo Grande), quando o bloco fará seu desfile. Muitas surpresas foram preparadas para este momento. Por enquanto, a entidade divulga alguns detalhes da festa. O bloco receberá 300 percussionistas, uma ala com 100 baianas e outra com 100 bailarinos. O desfile também contará com a participação de 300 índios de 20 aldeias, entre elas Kiriris e Kaimé, do norte do estado, e Pataxós, do sul da Bahia.“Eles já fazem parte da festa do bloco. Em 2014, estão vindo em maior quantidade por conta das comemorações dos 45 anos”, explica Adelmo Costa. Durante o Carnaval, todos ficarão alojados na sede do bloco. Lá também serão comercializados itens de produção das tribos, trazidos pelos índios de suas aldeias de origem. 
"Passamos por muitas agruras, dificuldades e fomos perseguidos por tudo e por todos", diz Adelmo Costa, presidente 
do bloco Apaxes do Tororó e um dos seus sambistas
Ao longo de sua história, o Apaxes do Tororó sempre ganhou destaque por suas músicas, compostas por grandes compositores a exemplo de Nelson Rufino, Almir Ferreira, Celso Santana, Adelmo Costa, Arnaldo Neves e Jair Lima. Pelo bloco passaram Neguinho do Samba, membros do Olodum e do Araketu, além do cantor, compositor e percussionista Carlinhos Brown, com quem a entidade tem hoje uma parceria consolidada e com quem, neste Carnaval, desfilará com o Movimento Afródromo.
Foi Brown, por sinal, que sugeriu a mudança na grafia do nome do bloco de "Apaches" para "Apaxes", no ano de 1993, sob o argumento de que assim o nome ganharia múltiplas leituras e um contexto mais regional. A partir daí também a entidade passou a se voltar mais para a figura do índio brasileiro, traduzindo isso em suas músicas.  

Revitalização
Além de estar junto com o Apaxes do Tororó, no Carnaval, o músico Carlinhos Brown tem atuado de maneira muito próxima no projeto de revitalização de todo o projeto que envolve o bloco, como movimento cultural. Isso inclui uma série de atividades, como a reforma completa da sede do bloco e a realização de um  documentário sobre a história e a importância do Apaxes. O filme tem direção de Cecília Amado e já está em fase de produção. Muitas outras atividades são planejadas, em conjunto com a comunidade, para acontecer ao longo de 2014. O objetivo é movimentar o bloco para garantir sua atuação auto-sustentável, tanto econômica quanto culturalmente.   
"O Apaxes do Tororó não tem 45 anos de Carnaval, tem 45 anos em cartaz, assim como 'Cats', como 'O Fantasma da Ópera' e muitos outros. E como comunidade, com todas as adversidades que enfrenta, está aqui. A afirmação do negro era ser índio e o O Apaxes antecedeu isso. Todo o movimento que acontecia no Garcia e no Tororó e o que mobilizou a cultura, teve a participação do Apaxes", afirma Carlinhos Brown. O músico baiano considera, ainda, que o "Apaxes foi a primeira grande explosão do carnaval da Bahia”.
Já o antropólogo Antônio Godi afirma que o bloco Apaxes se destacou no Carnaval de Salvador pela força cadenciada das suas músicas e violência dos seus desfiles. "Isso influenciou a criação de novos blocos de índios e fez do Apaxes a agremiação hegemônica da sua época” .
Por sua vez, o pesquisador Milton Moura destaca que sair em um bloco como o Apaxes sempre foi uma maneira de criar nas pessoas uma referência de identidade cultural. “Naquele momento, quem saía no Apaches ou no Cacique era, no Carnaval, apache ou cacique. Isto não quer dizer que aqueles jovens e adolescentes afrodescendentes moradores do Tororó, Garcia e outros bairros populares de Salvador se transformassem simplesmente nos guerreiros que habitavam até o início deste século os planaltos do centro dos Estados Unidos ou do litoral brasileiro. Quer dizer que, a partir de sua adesão, participação e identificação a tais blocos, esses jovens e adolescentes elaboravam o texto de sua identificação vigorosamente tensionado pela referência alegórica – fantástica e real – aquele acervo de representações iconográficas proporcionado pelo cinema e retrabalhado, ainda, pelo próprio bloco. O mesmo termo – o índio – religa o bloco aos adversários do exército yankee e ao apelido pejorativo com que os moradores dos bairros de classe média lhes davam, então”.

 

Primeiro dia de Carnaval é marcado por fanfarras e clima tranquilo- Salvador/Ba

Fonte IBahia
Salvador já está mergulhada no Carnaval 2014. Na noite desta quarta-feira 26/02/2014, a maior festa de rua do mundo teve sua abertura oficial com saída das tradicionais fanfarras no Circuito Sérgio Bezerra. As bandinhas de sopro levaram para as ruas da Barra pessoas de todos os estilos e idades. 


Já a veterinária Patrícia Bruni aproveitou o clima de festa para desenhar os símbolos da Timbalada no corpo. A gaúcha, que veio de Porto Alegre especialmente para o carnaval de Salvador, não poupou elogios ao evento.
"É o dia mais maravilhoso do mundo, o dia mais zen, mais família, o dia que todo mundo pode sair, pode se divertir mesmo. Para mim é o dia mais legal do Carnaval de Salvador", disse Patrícia, que pretende curtir os próximos dias de folia. 
"Eu pretendo passar o dia de quinta 27/02/2014 e sexta 28/02/2014 em Salvador ainda, mas sei que a galera vai chegar junto, porque o baiano é folia, o baiano é festa.", afirmou a veterinária.
Circuito oficial - Iniciado pelo empresário Sérgio Bezerra, dono do bar Habeas Copos e que dá nome ao circuito, a abertura de Carnaval de Salvador pelas fanfarras começou em 1978, quando Sérgio decidiu desfilar com sua banda. Em 2006 outros grupos de percussão e sopro resolveram abraçar a ideia, criando horários e ordem de saída para cada banda. 
Em 2014, o circuito foi oficializado e passou a fazer parte da programação da oficial da prefeitura de Salvador. Para o Secretário do Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellitani, o apoio da prefeitura trás mais seguranças para os foliões. 
"A oficialização do circuito reconhece o a importância desses blocos para o carnaval de Salvador, mas é mais que isso. Assim aumentamos a segurança e a tranquilidade dos foliões e dos moradores da região..", afirmou Bellintani. 

Brinquedo descarrilha em parque e fere duas pessoas na Paralela - Salvador/BA

Fonte G1
Um acidente grave levou duas pessoas ao Hospital Geral do Estado na noite desta terça-feira (25) dentro do Golden Park, na Avenida Paralela, em Salvador. No local, um dos brinquedos que se assemelha a uma montanha russa apresentou um problema e o carrinho que levava duas pessoas tombou, provocando a queda do adolescente Vanderson Ramos e de Francisco Carlos Santos, marido de uma tia do jovem.


De acordo com Vanildo de Jesus, que acompanhava o filho e o cunhado no local, os trilhos do brinquedo partiram e por isso houve a queda do carro. Desta maneira, os dois bateram em barras de ferro e por sorte não perderam a vida, apesar dos ferimentos que sofreram. Enquanto Vanderson levou uma pancada na cabeça e teve o lábio partido, além de uma imobilização no ombro, Francisco quebrou o nariz e teve um corte profundo na testa.
Ambos foram socorridos por duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados ao Hospital Geral do Estado , acompanhados da família. Segundo o pai do garoto, nenhum funcionário prestou qualquer ajuda à família no momento do acidente e quando jornalistas começaram a chegar ao local, o portão de acesso ao parque foi bloqueado.

“Ninguém, ninguém apareceu. Eu procurei saber quem era o dono do parque e ninguém me disse nada. Todos ficaram calados”, relatou Vanildo de Jesus. A Polícia Militar acompanhou a remoção das vítimas do local até as ambulãncias.
Procurado pela reportagem para falar sobre a situação do parque, o superintendente da Sucom, Sílvio Pinheiro, não foi encontrado após seguidas ligações telefônicas.
 
   

Diretor e ator Harold Ramis, de 'Os caça-fantasmas', morre aos 69 anos

Fonte G1
O ator, diretor e roteirista Harold Ramis morreu aos 69 anos em Chicago, nos EUA, nesta segunda-feira (24). De acordo com o jornal "Chicago Tribune", ele morreu em decorrência de um tipo raro de vasculite autoimune, que provoca o inchaço de vasos sanguíneos. Sua mulher, Erica Mann Ramis, disse ao jornal que ele lutava contra a doença desde 2010.

 Harold Ramis em 'Os caça-fantasmas' (1984) e em evento em Chicago em 2009 (Foto: Divugalção e AP/Jim Prisching)

O cineasta nascido em Chicago, nos EUA, dirigiu e coescreveu "Feitiço do tempo" (1993), pelo qual ganhou um BAFTA de melhor roteiro original, "Clube dos pilantras" (1980), "Férias frustradas" (1983), "Máfia no divã" (1999) e "Máfia volta ao divã" (2002), entre outros. Ele foi um dos roteiristas de "O clube dos cafajestes", de 1978.
Entre os filmes em que atuou e também roterizou estão "Os caça-fantasmas" (1984), com Bill Murray e Dan Aykroyd, em que interpretou o Dr. Egon Spengler, a sequência "Os caça-fantasmas 2" (1989), "Recrutas da pesada" (1981) e "Presente de grego" (1987). Ele também fez papéis menores em "Ligeiramente grávidos" (2007)  e "Melhor é impossível" (1997).
Harold Ramis também escreveu programas da série de TV "Os caça-fantasmas" e dirigiu episódios de "The office".
Famosos lamentam
Celebridades lamentaram a morte de Harold Ramis no Twitter. O ator Billy Crystal escreveu em seu perfil no Twitter: "triste por ouvir que meu amigo Harold Ramis morreu. Um ator e diretor brilhante e engraçado. Um marido e pai maravilhoso. Grande perda para nós todos".
Seth MacFarlane declarou: "Harold Ramis foi um exemplo brilhante para todo roteirista de comédia que espera alcançar excelência neste campo". A atriz Julianne Moore escreveu: "Muito triste em ouvir que perdemos Harold Ramis. Excepcionalmente talentoso, excepcionalmente bondoso."    

Da esq. para dir., os atores Bill Murray, Dan Aykroyd e Harold Ramis em 'Os caça-fantasmas' (1984) (Foto: Divulgação) 

Público de Elton John na BA chega a 40 mil pessoas na Arena Fonte Nova - Salvador/Ba

Fonte Ibahia
Acompanhado de "coral" composto por mais de 40 mil vozes, o cantor Elton John, de 66 anos, realizou um show marcante na Arena Fonte Nova, em Salvador, na noite de sábado (22).
Por meio de uma apresentação recheada de hits, o astro britânico compensou o entusiasmo dos fãs, admiradores e curiosos com 2h30 de show.
Por meio da turnê "Follow The Yellow Brick Road", Elton John levou para o público soteropolitano e turistas sucessos como "Goodbye Yellow Brick Road", “Rocket Man” e “Sad Song”. Um dos momentos mais marcantes da apresentação, entretanto, foi embalado pelo cancão "Skyline Pigeon". Neste momento, o público acendeu os celulares, embalou um grande coro e aplaudiu de pé com gritos de agradecimento.
O momento marcou a plateia e entusiasmou o artista que começou a embalar hits ainda mais vibrantes. Quando pareceu que a apresentação havia chegado ao fim, com a saída do artista do palco, um uníssono grito de bis trouxe o cantor de volta com a canção "Your Song".
Na próxima quarta-feira (26), o artista encerra a turnê brasileira com show em Fortaleza. Na última quarta-feira (19), ele se apresentou no Rio de Janeiro. Já na sexta-feira (21), o cantor animou o público de Goiânia.

  Elton John (Foto: Reprodução / TV Bahia)
O show previsto para começar às 22h começou com cerca de 15 minutos de atraso. Entretanto, o artista já estava na Arena Fonte Nova, desde as 15h. A pedido do cantor, segundo a produção, o camarim contava com televisores ligados em canais esportivos. Elton John é amante de esportes - inclusive já foi presidente de um time de futebol - e foi recepcionado com camisas do times Vitória e Bahia que tinham o seu nome gravado.     
Ainda segundo a produção, o local da apresentação contou com cinco postos de saúde, com seis ambulâncias, 70 brigadistas e 100 agentes de limpeza. A segurança contou com 390 vigilantes, 258 policiais militares do Batalhão Especial para Eventos (BEPE), 12 policiais civis, 99 orientadores, 84 catraqueiros, seis ascensoristas, 14 líderes e três assistentes.

Como utilizar o sistema de bicicletas alugadas em Salvador

Fonte G1
A Prefeitura de Salvador inaugurou  na Praça Castro Alves, uma das primeiras estações de compartilhamento de bicicletas do "Movimento Salvador Vai de Bike".
No Dia Mundial sem Carro, começa a funcionar a ciclofaixa entre o Campo Grande e o Centro Histórico, com cinco estações de compartilhamento bicicletas.
As primeiras cinco estações ficam na Praça Castro Alves, Praça da Piedade, Campo Grande, Porto da Barra e Jardim Apipema. Até o final do ano, segundo a gestão municipal, serão 40 estações de compartilhamento em vários pontos da cidade, do Comércio à Orla Atlântica, onde a Prefeitura também pretende recuperar as ciclovias.
Para utilizar as bicicletas, é preciso fazer um cadastro no site www.bikesalvador.com e pagar uma taxa de adesão de R$10. O acesso pode ser feito via aplicativo através de celular nas próprias estações de compartilhamento, que disponibilizarão acesso à internet via Wi-Fi, segundo a prefeitura da capital baiana.

A adesão ao serviço vale por 12 meses, e não há cobrança de tarifas diárias ou mensais. O usuário só paga algum valor extra se ultrapassar o tempo de 40 minutos utilizando a bicicleta (R$5 a cada meia hora). É preciso ter cartão de crédito.
Quem pegar uma bicicleta numa estação pode devolver na outra. O intervalo mínimo para o uso de uma segunda bicicleta pelo mesmo usuário é de 15 minutos.O sistema de compartilhamento pode ser usado diariamente, das 6h às 22h. Já as ciclofaixas, incluindo a primeira, do Campo Grande ao Centro Histórico, só poderão ser utilizada aos domingos e feriados, das 7h às 16h.De acordo com a Prefeitura de Salvador, o projeto de requalificação da orla de Salvador já prevê a implantação de ciclovias permanentes, o que vai possibilitar a ampliação do sistema de compartilhamento.
    

PM, esposa e amante são suspeitos de fazer orgias com crianças...

Fonte Ibahia
Uma professora foi presa acusada de fazer orgias com o marido, que é policial militar, a amante e os filhos desta, cinco crianças com idades de 5 a 13 anos. Maria de Jesus Borges está detida no Complexo Policial de Barreiras, no oeste baiano, desde a terça-feira (11). O soldado Joilson Lacerda Santana e Carla de Jesus dos Santos, apontada como sua amante também são suspeitos de pedofilia e fugiram. Segundo a denúncia, os três adultos faziam orgias com as crianças na casa onde moravam, em Riachão das Neves.
Além da prisão da professora, a polícia apreendeu em uma fazenda do soldado, perto do distrito de Caripapé, computadores, CDs, DVDs e pendrives, que passarão por perícia. A polícia começou a investigar o caso depois que uma das crianças contou a familiares os abusos que vivia - os crimes aconteciam há cerca de 5 anos, estimam - e estes denunciaram a situação. 
As crianças eram obrigadas a fazer sexo com o trio e, além disso, também presenciavam cenas de sexo entre os pais, a amante e às vezes outros homens e mulheres. As crianças já foram ouvidas e a mais velha, de 13 anos, disse que sofre abusos desde que tinha 10. Além da casa da família e da fazenda, as orgias aconteciam também na casa da amante. Tudo era gravado e os pais obrigavam os filhos a assistirem aos vídeos pornográficos. A mãe das crianças soube da apreensão do material na casa do PM e fugiu. O soldado também fugiu - ele deve ser conduzido ao 10º Batalhão da PM quando for detido.
De acordo com a 11ª Coordenadoria de Polícia do Interior, que cuidou da investigação, o soldado era conhecido na cidade como uma pessoa tranquila, que não levantava suspeitas.

Falece, aos 72 anos, o estilista baiano Di Paula

Fonte Ibahia
Faleceu nesta terça-feira 11/02/2014 o estilista baiano Di Paula, que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Clínicas, em Salvador. Di Paula, 72, deu entrada no hospital com dores no estômago e crise de soluços, mas seu estado de saúde se agravou e ele entrou em coma no último dia 19 de janeiro.O problema do estilista sequer chegou a ser identificado pelos médicos. Di Paula, que era responsável pelo figurino do bloco de Carnaval 'As Muquiranas', também foi responsável por elaborar figurinos de concursos de miss e marcou época na moda da Bahia. Ele também era apresentador.

 

"Parceiro de longa data"
Em nota enviada à imprensa no início desta tarde, a equipe do bloco "As Muquiranas" lamentou a morte de Di Paula. Confira na íntegra.
"Muita alegria, irreverência e criatividade. Assim foi a trajetória de mais de 20 anos, de um dos estilistas mais famosos da Bahia no bloco de travestidos As Muquiranas. Durante esse período, Di Paula criou fantasias que para sempre ficarão na memória do folião e na história do grupo carnavalesco. Baiana (1991); She-Ha (2009); Gueixa (2011); Afrodite (2013) e Mosqueteiras (2014) - última criação do estilista para o bloco - foram alguns dos temas que encantaram pela beleza e graciosidade das fantasias.
Hoje, é um dia de tristeza, para os familiares, amigos e admiradores do estilista, e também para a equipe As Muquiranas que perde um grande amigo e parceiro de longas datas. Mais do que criar fantasias, Di Paula sabia e sentia a essência das Muquiranas e sua trajetória para sempre ficará marcada na história do nosso bloco".

Mãe Menininha do Gantois - 120 anos de tradição

Fonte Ibahia
Exposição Mãe Menininha do Gantois - 120 anos de tradição
O terreiro de Candomblé Gantois celebra nesta segunda-feira (10) a memória da Ialorixá Mária Escolástica da Conceição Nazaré, conhecida como "Mãe Menininha", que completaria neste dia 120 anos. Ela morreu em 1986, aos 94 anos, e é considerada uma das mais admiradas mães de santo do Brasil.
Para homenagear a ialorixá, o Instituto ACM - Ação, Cidadania e Memória irá abrir na terça-feira (11) a exposição Mãe Menininha do Gantois - 120 anos de tradição. A mostra segue até o dia 22 de março, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e de 13h30 às 17h, e aos sábados das 9h às 12h, na rua Saldanha da Gama, no Pelourinho. A entrada é franca.

História
Mãe Menininha era filha dos descendentes de africanos Joaquim e Maria da Glória, que eram da nação Egbá-Arakê, das terras de Agbeokutá, no sudoeste da Nigéria. A Ialorixá era bisneta dos negros libertos Maria Júlia da Conceição Nazareth e Francisco Nazareth de Eta.
A mãe de santo foi iniciada no Candomblé aos oito meses de idade, para o orixá Oxum e, desde cedo, seguiu a tradição da família na religião no terreiro do Gantois. O templo religioso, que fica no bairro da Federação, em Salvador, tem origem Ketu, e mantém a política do matriarcado e de sucessão hereditária familiar.
Nasceu em 1894, no dia de Santa Escolástica, na Rua da Assembléia, entre a Rua do Tira Chapéu e a Rua da Ajuda, no Centro Histórico de Salvador, tendo como pais Joaquim e Maria da Glória. Descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá do terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.

Foi apelidada Menininha, talvez por seu aspecto franzino. “Não sei quem pôs em mim o nome de Menininha… Minha infância não tem muito o que contar… Agora, dançava o candomblé com todos desde os seis anos”.

Foi iniciada no culto dos orixás de Keto aos 8 anos de idade por sua tia-avó e madrinha de batismo, Pulchéria Maria da Conceição (Mãe Pulchéria), chamada Kekerê - em referência à sua posição hierárquica, Iyá kekerê (Mãe pequena). Menininha seria sua sucessora na função de Iyalorixá do Gantois. Com a morte repentina de Mãe Pulchéria, em 1918, o processo de sucessão foi acelerado. Por um curto período, enquanto a jovem se preparava para assumir o cargo, sua mãe biológica, Maria da Glória Nazareth, permaneceu à frente do Gantois.

Foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois e a mais famosa de todas as Iyálorixá brasileiras. Sucessora de sua mãe, Maria da Glória Nazareth, foi sucedida por sua filha, Mãe Cleusa Millet. "Minha avó, minha tia e os chefes da casa diziam que eu tinha que servir. Eu não podia dizer que não, mas tinha um medo horroroso da missão (...): passar a vida inteira ouvindo relatos de aflições e ter que ficar calada, guardar tudo para mim, procurar a meditação dos encantados para acabar com o sofrimento." 

http://www.berlinda.org/Pessoas/Pessoas/Eintrage/2012/8/13_100_Anos_Jorge_Amado_-_Entrevista_com_Marcel_Vejmelka_files/jorge%20amado%202.jpg

O terreiro, que inicialmente funcionava na Barroquinha, na zona central de Salvador, foi posteriormente, transferido para o bairro da Federação onde hoje é o Ilê Axé Iyá Nassô Oká, na Avenida Vasco da Gama, do qual Maria Júlia da Conceição Nazaré sua avó também fazia parte. Com o falecimento da iyalorixá da Casa Branca Iyá Nassô, sucedeu Iyá Marcelina da Silva Oba Tossi. Após a morte desta, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueiredo, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo que era a substituta legal (Iyakekerê) tomar a posse como Mãe do Terreiro. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais discidentes e fundaram outra Ilé Axé, o (Terreiro do Gantois), instalando-se em terreno arrendado aos Gantois - família de traficantes de escravos e proprietários de terras de origem belga - pelo cônjuge de Maria Júlia, o negro alforriado Francisco Nazareth de Eta. Situado num lugar alto e cercado por um bosque, o local de difícil acesso era bem conveniente numa época em que o candomblé era perseguido pelas forças da ordem. Geralmente, os rituais terminavam subitamente com a chegada da polícia.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC3babzvPhBAE0weriUwVLqfaBsyiL9SjFVXMgOW3H0pvrg8xOdH3UQ_o7h3phGyWoiei-oa5NGJ6KBKGFC-OyPwrwx4UiXRjjd_cyr0XeY5_TUsp0rlSA6g50YH4WzOv8y7RJ194_5Zb5/s1600/mmg.jpg

Em 1922, através do jogo de búzios, os orixás Oxóssi, Xangô, Oxum e Obaluaiyê confirmaram a escolha de Menininha, então com 28 anos. Em 18 de fevereiro daquele ano, ela assume definitivamente o terreiro. "Quando os orixás me escolheram eu não recusei, mas balancei muito para aceitar", contava.

A partir da década de 1930, a perseguição ao candomblé vai arrefecendo, mas uma Lei de Jogos e Costumes, condicionava a realização de rituais à autorização policial, além de limitar o horário de término dos cultos às 22 horas. Mãe Menininha foi uma das principais articuladoras do término das restrições e proibições. "Isso é uma tradição ancestral, doutor", ponderava a iyalorixá diante do chefe da Delegacia de Jogos e Costumes. "Venha dar uma olhadinha o senhor também."

Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos - uma abertura que, em muitos terreiros, ainda é vista com certo estranhamento. Mas afinal, a Lei de Jogos e Costumes foi extinta em meados dos anos 1970. "Como um bispo progressista na Igreja Católica, Menininha modernizou o candomblé sem permitir que ele se transformasse num espetáculo para turistas", analisa o professor Cid Teixeira, da Universidade Federal da Bahia.
http://dimusbahia.files.wordpress.com/2012/08/foto-claudiomar-gonc3a7alves.jpg

Nunca deixou de assistir à missa e até convenceu os bispos da Bahia a permitir a entrada nas igrejas de mulheres, inclusive ela, vestidas com as roupas tradicionais do candomblé.

Aos 29 anos, Menininha casou-se com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de escoceses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem. “Meu marido, quando me conheceu, sabia que eu era do candomblé… A gente viveu em paz porque ele passou a gostar de Candomblé. Mas, quando fui feita Iyalorixá, passamos a morar separados. No meu terreiro, eu e minhas filhas. Marido não. Elas nasceram aqui mesmo”. 

Em uma entrevista à revista IstoÉ, mãe Carmem conta que ela adorava assistir telenovelas, sendo que uma de suas preferidas teria sido Selva de Pedra. Era colecionadora de peças de porcelana, louça e de cristais, que guardava muito zelo. Não bebia Coca-Cola, pois certa vez lhe disseram que a bebida servia para desentupir os ralos de pias, e ela temia que a ingestão da bebida fizesse efeito análogo em si.

Mãe Menininha do Gantois faleceu em Salvador em 1986 de causas naturais, aos 92 anos de idade.

http://www.correio24horas.com.br/uploads/RTEmagicC_vida_1.jpg.jpg