Homem de 34 morre durante treino de exercícios físicos em academia

Fonte G1
Um homem de 34 anos morreu enquanto praticava exercícios físicos nesta segunda-feira (1º) em uma academia de Ouro Fino (MG). Segundo o atestado de óbito, a vítima sofreu um infarto fulminante. José Waldsar Caboclo frequentava a academia há um ano.
Conforme o proprietário da academia, antes de passar mal, o homem reclamou de cansaço. Segundo ele, aparentemente o aluno não apresentava nenhum problema de saúde. 
"Junto com outro professor fizemos uma massagem cardíaca, chamamos a ambulância, tentamos salvá-lo. Ele frequentava a academia normalmente, era saudável, novo, gostava de malhar", disse o dono da academia.
Amigos disseram que José Waldsar não bebia e não fumava e tinha o hábito de tomar vitaminas e suplementos alimentares.
A vítima havia se casado em maio do ano passado e tinha uma filha. A família dele preferiu não fazer a autópsia do corpo e o médico atestou apenas que ele sofreu um infarto fulminante.

Homem de 34 anos passou mal e morreu após exercícios em academia (Foto: Reprodução EPTV)Homem de 34 anos passou mal e morreu após exercícios em academia (Foto: Reprodução EPTV)

Independência na Bahia é festejada com desfile e manifestação nas ruas

Fonte G1Bahia
A Bahia festeja 190 anos da Independência do Brasil no Estado nesta terça-feira (2). Esse ano, é a primeira vez que a data cívica é comemorada após o reconhecimento nacional da data pela presidente Dilma Rousseff no dia 11 de junho. Desde o início da manhã de feriado em todo o estado, organizadores, moradores e alguns manifestantes já podiam ser vistos nas redondezas do Largo da Lapinha, bairro do centro antigo de Salvador.
Protestos acompanharam o cortejo sem confrontos com a Polícia Militar. Um incidente registrado pela manhã, que não está relacionado com as manifestações, foi uma mulher que arremessou um copo de cerveja na direção do governador Jaques Wagner.
Houve tumulto e os seguranças atuaram para protegê-lo e conter a ação da mulher. O governador não ficou ferido. A Polícia Militar informou que não havia registro sobre o ocorrido até as 12h40 desta terça-feira. A assessoria do governo diz que a mulher não foi detida, e ressalta que ela estava nervosa e foi apenas contida pelos seguranças.

 
Uma alvorada de fogos abriu os festejos por volta das 6h. Por volta das 8h, já com centenas de pessoas acompanhando o evento, foi feito o hasteamento das bandeiras de Salvador, Bahia, Brasil e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), feito, respectivamente, pelo prefeito ACM Neto, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, e o governador Jaques Wagner. O vice-presidente do IGHB, Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, fez o hasteamento da bandeira da entidade. A cerimônia foi realizada ao som do Hino Nacional, executado pela banda de música da Marinha.
Este ano, segundo o coronel Alfredo Castro, comandante da Polícia Militar da Bahia, foram colocados nas ruas 700 policiais a mais em relação ao ano passado. "É para garantir a segurança de quem acompanha e de quem veio protestar, não há a intenção de coibir nenhum ato", afirmou o coronel, que acompanhou boa parte do cortejo dando orientações a alguns PMs.
Pouco antes do cortejo começar a sair, o governador Jaques Wagner e o prefeito ACM Neto falaram da importância do 2 de Julho e das manifestações que ocorrem em Salvador há quase um mês. "O 2 de Julho é o momento em que as pessoas homenageam a luta e demonstram civismo. É um espírito simbólico compatível com a democracia. Essa a uma festa do povo, que vai às ruas celebrar a história e homenagear os heróis da Independência. O civismo sempre foi o tom dessa festa, e esse ano ainda mais, por conta das manifestações e do clamor que vem das ruas”, disse.
"Para mim é a maior festa da Bahia. Esse ano, o 2 de Julho é especial, por ter se tornado data nacional e pelas manifestações, pelas pessoas que estão vindo para a rua. Acho isso importante para a construção de um país mais forte democraticamente", afirmou o governador Jaques Wagner.

Manifestação durante o cortejo do 2 de julho na Bahia (Foto: Lílian Marques/ G1)Manifestação durante o cortejo do 2 de Julho na Bahia (Foto: Lílian Marques/ G1)
Manifestações

Sem liderança, manifestantes do Movimento Passe Livre Salvador (MPL) seguiram logo em frente ao cortejo, que foi puxado pelas imagens da cabocla e do caboclo, símbolos da Independência do Brasil na Bahia. O grupo afirmou que tem a intenção de também acompanhar o evento à tarde, de maneira pacífica. Pelas ruas do centro antigo, os manifestantes pediram, além de melhorias no transporte, investimentos na área de educação, saúde e infraestrutura.

 
Vários grupos diferentes foram ao cortejo com cartazes e faixas para fazer reivindicações. A funcionária pública Eunice Costa levou uma faixa para o cortejo, onde ela pede mais saúde, mais educação e uma reavaliação da distribuição do Bolsa Família. "Falta investimento em tudo. A universidade pública, por exemplo, não tem estrutura. Um país sem educação não desenvolve tecnologia e outras coisas. Não sou contra o Bolsa Família porque a barriga não aguenta, mas tem que educar os pais, além dos filhos", disse.
Havia um grupo que protestava contra o Ato Médico, aprovado no plenário do Senado em junho. Pelo texto, serão privativos dos formados em medicina atividades como diagnóstico de doenças, prescrição de medicamentos, cirurgias, internações, altas hospitalares, entre outros.

Casa com fachada enfeitada em homenagem ao 2 de Julho, em Salvador, Bahia (Foto: Lílian Marques/ G1) 
Casa de Cecília enfeitada, em Salvador
(Foto: Lílian Marques/ G1)
Participação popular
 
Crianças, adultos e idosos acompanharam o cortejo do chão e das janelas de algumas casas que ficam no trajeto do evento. Algumas delas estavam enfeitadas em homenagem à data cívica.
Dona Cecília, moradora da região da Lapinha há quatro anos, decorou a fachada da casa, que fica ao lado do largo de onde sai o cortejo, com bolas nas cores azul, vermelho e branco, além de usar bandeiras. "Usei 500 bolas para arrumar a casa. Há 55 anos faço isso, mesmo antes de morar aqui, porque gosto de participar. A festa é nossa!", afirma.
Independência do Brasil na Bahia
Apesar da Independência do Brasil ter sido declarada por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, na Bahia, o exército português ainda resistia, dominando o território.
Somente um ano depois, em 2 de julho de 1823, a Bahia se tornava independente de Portugal. Para celebrar a data, foi criado o hino ao 2 de Julho, de autoria do militar baiano Ladislau dos Santos Titára.
De acordo com o mestre em história Lucas de Faria Junqueira, a letra do hino é uma referência ao momento que o estado passava. "Inclusive enfatizando o caráter 'brasileiro' do processo, como afirma sua primeira estrofe: 'Nasce o sol a 2 de Julho/Brilha mais que no primeiro/É sinal que neste dia/Até o sol é brasileiro'. Cita as campinas do Cabrito e Pirajá, locais de batalhas da guerra, além de conter versos como 'O Brasil já tem jurado/Independência ou morrer'", explica Lucas.

 Moradores acompanham cortejo da varanda de casa, na Bahia

 Caboclo, um dos símbolos da Independência, na saída do cortejo do 2 de julho, em Salvador

Conheça a história e a importância do dia 2 de julho para a Bahia

Fonte Wikipedia
História da Independência começa a ganhar força no início de 1822. Portugueses ficaram acuados e fugiram na madrugada do dia 02/07/1823.
A Independência da Bahia foi um movimento que, iniciado em 1821 (mas com raízes anteriores) e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção daquela então província na unidade nacional brasileira, durante a Guerra da independência do Brasil.

Aderira Salvador à Revolução liberal do Porto, de 1820 e, com a convocação das Cortes Gerais em Lisboa, em janeiro do ano seguinte, envia deputados como Miguel Calmon du Pin e Almeida na defesa dos interesses locais. Divide-se a cidade em vários partidos, o liberal unindo mesmo portugueses e brasileiros, interessados em manter a condição conquistada com a vinda da Corte para o país de Reino Unido, e os lusitanos interessados na volta ao status quo ante

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Dividem-se os interesses, acirram-se os ânimos: de um lado, portugueses interessados em manter a província como colônia, do outros brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se unem, finalmente, no interesse comum de uma luta que já se fazia ao longo de quase um ano, e que somente se faz unificada com a própria Independência do Brasil a partir de 14 de junho de 1822, quando é feita na Câmara da vila de Santo Amaro da Purificação a proclamação que pregava a unidade nacional, e reconhecia a autoridade de D. Pedro I.
Na Bahia a luta pela Independência veio antes da brasileira, e só concretizou-se quase um ano depois do 07 de setembro de 1822: ao contrário da pacífica proclamação às margens do Ipiranga, só ao custo de milhares de vidas e acirradas batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal, de tal modo que seu Hino afirma ter o Sol que nasceu ao 02 de julho brilhado "mais que o primeiro".

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 Os baianos vão às ruas para protestar e entram em confronto com os soldados portugueses. Na busca pelos rebelados, que teriam se escondido no Convento da Lapa, os portugueses matam a freira Joana Angélica. Os brasileiros que queriam a independência não se acovardaram. Meses depois, em 12 de junho, a Câmara de Salvador tenta romper com a coroa portuguesa. O general Madeira de Melo coloca as tropas nas ruas e impede a sessão. Dois dias depois, em Santo Amaro, os vereadores declaram D. Pedro o defensor perpétuo do Brasil independente, o que significa não obedecer mais ao rei de Portugal.No dia 25 de junho é a vez da Vila de Cachoeira romper com a Coroa portuguesa. Outras vilas seguem o exemplo. Cachoeira se torna quartel general das tropas libertadoras. Voluntários surgem de várias partes.

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Os vaqueiros da cidade de Pedrão, comandados pelo padre Brayner, ficaram conhecidos pela bravura – armas de caça da Caatinga se transformaram em arma de guerra. Entre os voluntários, se destaca Maria Quitéria, que se vestiu de homem e lutou como soldado contra o domínio português. Na ilha de Itaparica, a defesa foi feita por pescadores armados de facões e garruchas. Em São Paulo, D. Pedro declara independência em 7 de setembro, mas na Bahia os portugueses resistem.
Canhões de Fortes da Baía de Todos os Santos são roubados para armar a improvisada frota de saveiros, que enfrentaram a esquadra de Portugal. D. Pedro I envia tropas comandadas pelo general Labatut e naus comandadas por Lo Cotrem, mas é o exército de voluntários que luta em batalhas secretas. A pior delas: a de Pirajá.Cercados por terra e mar, os portugueses ficam acuados em Salvador. Decidem então abandonar a cidade e fogem por mar, na madrugada do dia 2 de julho de 1823. Pela manhã, o exército brasileiro entra vitorioso na cidade.