Francisco será o 3º pontífice a visitar o País

Fonte Terra
Quando desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 22 de julho, o papa Francisco será o terceiro Pontífice em toda a milenar história da Igreja Católica a pisar em solo brasileiro. Antes dele, João Paulo 2º e Bento 16 estiveram no País, em momentos diferentes da Igreja e com propósitos distintos. Em 1980, por exemplo, o carismático João Paulo 2º levou milhões de pessoas às ruas e peregrinou por diversas cidades, aproximando-se da maior nação católica do mundo.

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Já em 2007, Bento 16 - que renunciou ao pontificado em fevereiro deste ano - representava uma instituição que enfrenta críticas por escândalos envolvendo padres pedófilos e denúncias de corrupção, além de descrédito e perda crescente de fiéis. Agora, a missão de Francisco é reaproximar a Igreja dos brasileiros e renovar a imagem dos católicos no mundo, ao estilo João Paulo 2º, e ter habilidade e clareza para responder às críticas. Veja a seguir os detalhes que marcaram as passagens dos papas pelo Brasil e o que espera Francisco na Jornada Mundial da Juventude de 2013. 
Dois milhões de pessoas se concentraram neste sábado à noite na praia de Copacabana para a vigília, na qual o papa Francisco lerá uma oração, afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
"Há dois milhões de pessoas", disse Lombardi à AFP.
Milhares são peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acamparão por toda a noite na areia. No domingo, o papa voltará para a missa de encerramento do evento.
Essa foi a terceira noite consecutiva em que o primeiro papa latino-americano reuniu um mar de gente em Copacabana, após os eventos na quinta e na sexta-feira, que reuniram 1,5 milhão de pessoas em cada noite.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, espera pelo menos três milhões de pessoas para a missa de domingo - "um recorde", segundo ele.
"Espero que se bata o recorde (de público) da história da praia de Copacabana. Acho que haverá entre 2,5 e 3 milhões de pessoas", afirmou Paes.
"Vejo muitos que não são católicos, que não têm o fervor cristão, mas que vêm ver o papa", completou.
 O estudante José Carlos de Oliveira Júnior, 14, morador da favela de Varginha, na zona norte do Rio de Janeiro, afirmou estar emocionado com a chance de ser o coroinha do culto que será celebrado pelo papa Francisco na capela da comunidade, na manhã desta quinta-feira.
"Não sei como fui escolhido, mas o coração está a cem por hora. Faz três anos que eu sou coroinha e nunca imaginei que isso pudesse acontecer", disse.
Júnior disse considerar o pontífice argentino "um cara humilde e com coração bom". Para o jovem, que participa da Jornada Mundial da Juventude, Francisco "gosta do povo e da multidão". Ele afirmou ter a intenção de pedir a bênção do santo padre a pedido da avó. 
A comunidade fica no complexo de Manguinhos e recebeu uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em 2012.

Visita à prefeitura

 http://imguol.com/c/noticias/2013/07/25/25jul2013---papa-francisco-abencoa-bebe-durante-sua-visita-a-favela-varginha-no-complexo-de-manguinhos-zona-norte-do-rio-nesta-quinta-feira-o-pontifice-fez-um-discurso-na-comunidade-e-entrou-na-casa-1374781577518_1920x1080.jpg

Antes da visitar a favela, o papa participou de cerimônia no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, onde recebeu do prefeito Eduardo Paes as chaves da cidade. Em seguida, o pontífice fez um breve discurso, no qual abençoou os presentes e, ao final, pediu para os presentes rezarem por ele.
"Muito obrigado por estar aqui e agora, de coração, vou lhes dar a bênção, às suas famílias, amigos, a todos", disse o pontífice. "E rezem por mim", concluiu.
Logo depois, o prefeito Eduardo Paes brincou com Francisco sobre a chuva que, castiga o Rio desde o início da semana, e citou Santa Clara, santidade evocada em simpatias para acabar com a chuva. O papa entrou na brincadeira e falou sobre a crença popular de se jogar ovos para Santa Clara para que o tempo melhore.
Na prefeitura, Francisco foi recepcionado por atletas, como a jogadora de vôlei Fabiana, e ex-atletas, como Zico e Oscar Schmidt, que se ajoelhou diante do pontífice. O coordenador da seleção brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira, também foi cumprimentado pelo papa, assim como o atleta paraolímpico Guilherme de Lima Sales.
O pontífice abençoou a bandeira olímpica para os Jogos de 2016, os quais serão sediados pelo Rio de Janeiro. Além de Paes, o governador Sérgio Cabral também foi cicerone do pontífice durante a visita à prefeitura.

O pontífice deixou a Residência Assunção, no Alto da Boa Vista, zona norte do Rio, por volta das 9h15 e fez o trajeto até a sede da administração municipal em carro fechado. A primeira atividade dele nesta quinta-feira (25) foi uma missa privada na Residência Assunção.  
Às 11h o papa visitará a favela da Varginha, no Complexo de Manguinhos, na zona norte, pacificada em 2012. Lá, ele deve discursar e se reunir com párocos locais e visitar um campo de futebol e a casa de uma família da comunidade. Depois, encontrará fiéis argentinos no RioCentro, na zona norte.
O último evento do dia é uma festa de acolhida dos jovens, marcada para as 18h na praia de Copacabana. Na ocasião, o papa fará uma saudação ao público e um novo discurso. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas comparecerão à atividade.

Confira a visita do papa ao Brasil - Papa Francisco visita Aparecida para primeira missa no exterior

Fonte Olhar Digital
A visita do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude não movimenta apenas multidões, mas também gera um grande volume de fotos, de fiéis e curiosos com o evento histórico.
APARECIDA, 24 Jul 2013 - O papa Francisco chegou nesta quarta-feira (24) ao santuário de Aparecida, no interior de São Paulo, para venerar a padroeira do Brasil e realizar a primeira missa no exterior de seu pontificado, no terceiro dia de viagem ao Brasil.
Os organizados aguardavam 150 mil fiéis no complexo religioso, a 170 quilômetros de São Paulo, para ver de perto o pontífice argentino, em sua primeira viagem internacional desde que foi eleito em março.
Milhares de pessoas, algumas envolvidas nas bandeiras de Argentina e Brasil, enfrentaram o frio e a chuva fina da madrugada para garantir um lugar na missa.
Cerca de 5 mil policiais e agentes foram mobilizados para fazer a segurança na região e no Santuário Nacional de Aparecida, onde no fim de semana uma bomba caseira de baixo potencial lesivo foi encontrada no banheiro de um estacionamento.
 
A segurança de Francisco, um homem simples que antes de sua eleição como papa se locomovia por Buenos Aires de metrô, foi tema de debate depois que seu carro foi cercado na segunda-feira por uma multidão no trajeto da Base Aérea do Galeão ao centro do Rio de Janeiro, logo após o desembarque no Brasil.
O papa, de 76 anos, foi eleito em março para tentar virar a página da Igreja após uma série de escândalos sexuais e financeiros que deterioraram a imagem do catolicismo.
O papa veio ao Brasil, país com o maior número de católicos do mundo, para presidir as celebrações da Jornada Mundial da Juventude, em uma região onde a Igreja Católica vem perdendo espaço para o secularismo e igrejas evangélicas.
A visita tem uma mensagem com forte conteúdo social. Na segunda-feira, o papa pediu mais espaço e oportunidades para os jovens, que sofrem com o desemprego em várias partes do mundo.
Francisco deixou o Rio nesta quarta de manhã e partiu de avião até São José dos Campos, de onde embarcou em um helicóptero até Aparecida. Inicialmente, o papa seguiria de helicóptero do Rio até o santuário, mas o mau tempo na capital fluminense provocou a mudança de planejamento.
Além da missa, o pontífice fará uma bênção aos milhares de fiéis e deve almoçar com bispos e seminaristas em Aparecida. À tarde, voltará ao Rio de Janeiro, onde vai visitar um hospital utilizado para o tratamento de dependentes químicos.
A partir de quinta-feira o papa terá uma maratona de missas e celebrações da Jornada Mundial da Juventude, um evento religioso que atraiu ao Rio mais de 1,5 milhão de fiéis.
O santuário em Aparecida é visitado anualmente por mais de 10 milhões de fiéis brasileiros. Os papas João Paulo 2o e Bento 16 também estiveram no santuário para venerar uma pequena imagem da Virgem Maria que, segundo a tradição, foi encontrada no século 18 por pescadores.

Morre, aos 72 anos, o cantor e sanfoneiro Dominguinhos

Fonte iBahia
O cantor, sanfoneiro e compositor Dominguinhos, um dos maiores representantes do legado deixado pelo rei do baião, Luiz Gonzaga, morreu aos 72 anos, nesta terça-feira (23), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele morreu às 18h, devido a complicações infecciosas e cardíacas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, informou a unidade de saúde por meio de nota de falecimento. 
Segundo o Estadão, a esposa do músico, a cantora Guadalupe Mendonça, afirmou que passou a tarde com Dominguinhos e que ouviram juntos a música dele, Casa Tudo Azul, a qual seria a de sua despedida. "Ele partiu assim, lentamente, foi embora com os anjos", afirmou Guadalupe, segundo a publicação.  À Folha de S. Paulo, ela falou sobre o enterro do sanfoneiro: "vamos tentar organizar um velório em São Paulo para que as pessoas possam se despedir dele e, depois, levá-lo ao Recife para o enterro", disse.  
Ele estava internado neste hospital desde o último dia 13 de janeiro, onde vinha sendo tratado desde que fora transferido de Recife. Na capital pernambucana, ele estava internado em um hospital desde o dia 17 de dezembro do ano passado, onde deu entrada com arritmia cardíaca e infecção respiratória. Há seis anos, o sanfoneiro lutava contra um câncer no pulmão.
Nascido em Garanhuns, no dia 12 de fevereiro de 1941, José Domingos de Morais, famoso como Dominguinhos, alcançou grande reconhecido em todo mundo, como grande instrumentista, cantor e compositor. 


 
Em 1950, aos nove anos de idade, conheceu Luiz Gonzaga quando tocava na porta do hotel em que este estava hospedado. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro. O que o menino fez com toda família. Ao encontrar-se com o rei do baião no Rio, Gonzagão lhe deu de presente uma sanfona e o integrou à sua equipe de músicos. Dominguinhos passou a fazer shows pelo Brasil e participar de gravações.

Exímio sanfoneiro, o autor de grandes sucessos como a linda canção 'Lamento Sertanejo' (Dominguinhos/Gilberto Gil), teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Em sua formação musical Dominguinhos teve influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz.

Em sua discografia, que contou com diversas participações da sua ex-mulher, a cantora Anastácia, com mais de 40 títulos lançados, estão discos gravados desde a década de 60 (o primeiro foi Fim de Festa - 1964) até os anos 2000 (o último foi o belíssimo Yamandu + Dominguinhos de 2008).
Com uma carreira de 50 anos, o sanfoneiro coleciona prêmios, entre eles o Prêmio da Música Brasileira, conquistado em 2008, e o Prêmio Shell de Música, em 2010, com as composições De Volta pro Aconchego, Gostoso Demais e Tenho Sede, sendo que as duas primeiras são resultado de parceria com o também pernambucano Nando Cordel. Ele foi vencedor também do Grammy Latino com o CD Chegando de Mansinho. Um de seus grandes sucessos - Eu Só Quero um Xodó -, de 1973, teve 250 regravações em vários idiomas entre eles o inglês, holandês e italiano.