Trajetória e o Velório de Zilda Arns


Fonte:G1
Brasileira foi a fundadora da Pastoral da Criança. Zilda morreu no terremoto que atingiu o Haiti nesta terça dia 12/01/2010

- Em 1995, Zilda Arns foi entrevistada pelo programa  Bom Dia Brasil sobre as iniciativas da Pastoral da Criança para o combate à mortalidade infantil.
- Em 2000, ela foi tema de uma reportagem especial do RJTV para explicar a importância social das eleições na vida da população.
- No ano de 2001, o trabalho de Zilda Arns a fez ser cotada como uma das indicadas ao Nobel da Paz. O Fantástico contou a história dela e da Pastoral da Criança.
- A missionária foi eleita a "Personalidade do Ano" de 2003 por sua luta contra a desnutrição infantil no Prêmio "Faz Diferença", do Jornal O Globo.
-Em 2004, durante a campanha Criança Esperança, a Pastoral da Criança de Zilda Arns foi tema de outra reportagem especial do Fantástico. 
O corpo dela foi transportado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Quando o caixão estava sendo retirado da aeronave, houve uma salva de palmas.
Do terminal aéreo, ele seguiu em carro do Corpo dos Bombeiros até o Palácio das Araucárias, em Curitiba, sede do governo do Paraná, onde ocorre o velório. O cortejo saiu do aeroporto às 10h45. 
Durante o trajeto, o caixão foi coberto com uma bandeira do Brasil e acompanhado por batedores da Polícia Militar. No velório, o caixão deve permanecer fechado, sem visor. O corpo chegou ao palácio às 11h20.
Estão previstas pelo menos duas missas em homenagem à médica na capital paranaense. Uma deve ser realizada nesta sexta, com a presença apenas de parentes e amigos mais próximos. No sábado (16), dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo da Bahia, deve conduzir a cerimônia. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ele apoiou a fundação da Pastoral da Criança.


Velório 
Antes mesmo do avião da FAB chegar ao Paraná, algumas pessoas faziam fila no palácio onde é realizado o velório. Uma banda trazida pelo cerimonial do Governo do Paraná presta homenagem a Zilda Arns no local.
O policiamento nas proximidades do prédio recebeu reforço. Um espaço está reservado, no estacionamento do Palácio Iguaçu, para receber centenas de ônibus de diversos estados. Eles devem transportar seguidores, fiéis e colaboradores da Pastoral da Criança pelo país.O presidente Lula também deve ir ao velório.
O enterro está previsto para as 14h do sábado (16), no cemitério da Água Verde. Ela deve ser sepultada ao lado do túmulo do marido Dionísio Neumann.
A médica havia encerrado uma palestra quando ocorreu o tremor de terra que destruiu a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti. Ela foi atingida na cabeça e não chegou a ser soterrada. 
O corpo da fundadora da Pastoral da Criança chegou às 3h30 desta sexta-feira a Brasília. Ela foi transportada em um caixão metálico e parafusado por falta de opção. Na capital federal, ela foi transferida para uma urna lacrada e levada para uma funerária. Por volta das 8h30, a aeronave da FAB decolou de Brasília para Curitiba.
O senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, acompanhou o traslado do corpo, desde o Haiti. "O Haiti está completamente destruído, por isso o corpo de dona Zilda veio da maneira que veio, mas foi a melhor maneira encontrada diante da situação do país. Não há condições mínimas. É inacreditável. Há mortos espalhados pelas ruas. A destruição foi completa. Falta comida, água, médicos e suprimentos básicos. As crianças choram nas ruas, pedindo ajuda", disse ele ao G1.
A secretária da Pastoral da Criança, irmã Rosangela Altoé, também acompanhou a viagem. Ela estava junto com Zilda Arns, no mesmo salão, quando houve o terremoto. 

Abatida, com um ferimento na mão e hematomas nos braços, ela contou os momentos de pavor, quando desembarcou em Brasília, antes de seguir para Curitiba. “Estávamos na parte de cima de um prédio de três andares. Fui buscar o material que usamos na palestra, a bolsa dela, as anotações que fizemos na viagem. Foi nesse momento que o prédio começou a balançar de um lado para o outro. O chão começou a ruir, perdemos o equilíbrio e não vi mais nada. Do lado desse centro, tinha uma escola. As crianças estavam lá. A escola também ruiu. À medida que saíamos, escutávamos os gritos das crianças. É algo muito forte. Não tem como esquecer”, disse.
Em Curitiba, ela falou novamente com jornalistas. "O que fica, para mim, é que ela [Zilda] deu a vida pela pastoral e morreu em missão. Isso me dá conforto, mas também me causa uma profunda dor.

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