Fonte agências France-Presse e EFE
Navio com mais de 4 mil a bordo bateu em um banco de areia no litoral da Toscana e começou a afundar; passageiros foram retirados às pressas.
Ao menos três pessoas morreram na noite desta sexta-feira quando um navio de cruzeiro italiano encalhou e começou a afundar com mais de 4 mil passageiros a bordo no litoral da Toscana, informou a imprensa local. Embora as primeiras informações mencionassem seis óbitos em decorrência do acidente, esse número foi corrigido para três. Além das vítimas fatais, várias pessoas ficaram feridas.
O prefeito da ilha de Giglio, próxima ao local do acidente, revelou que a operação de retirada dos últimos passageiros e membros da tripulação apresentou complicações. Segundo a imprensa local, alguns passageiros teriam caído na água gelada durante o processo de evacuação. O Costa Concordia transportava cerca de 3,2 mil passageiros e mil tripulantes.
O navio, que zarpou esta sexta-feira de Civitavecchia, na região de Roma, encalhou em um banco de areia próximo à Giglio, no sul da Toscana. Unidades da guarda costeira e barcos de passageiros participavam do resgate. O transatlântico iniciava nesta sexta-feira um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo.
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Luciano Castro, um dos passageiros do transatlântico, disse à imprensa italiana que o acidente aconteceu por volta das 21h30 (18h30 de Brasília). "Todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa", relatou ele. Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a inclinar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.
Pânico e empurrões - Quando as pessoas perceberam que a estrutura do navio estava comprometida, houve momentos de pânico. Na confusão, os passageiros trocaram empurrões para embarcar nos botes salva-vidas e nas lanchas dos bombeiros.
A companhia Costa Crociere, proprietária do cruzeiro Costa Concordia, assegurou que ainda não é possível definir a causa do problema ocorrido.
Três sobreviventes são achados após naufrágio de cruzeiro
Comissário-chefe de bordo e casal de sul-coreanos já foram resgatados.
Três sobreviventes foram localizados neste domingo no cruzeiro Costa Concordia, naufragado nas águas da ilha italiana de Giglio, quase 30 horas após a embarcação ter encalhado, informou Giuseppe Linardi, prefeito regional de Grosseto, província à qual pertence a ilha. O último sobrevivente encontrado, na manhã deste domingo, foi Marrico Giampetroni, comissário-chefe de bordo, que, apesar de apresentar hipotermia e um ferimento na perna quando achado, está em boas condições de saúde.
Giampetroni estava em uma área alagada, dificultando o acesso dos bombeiros. Além da grande quantidade de água nesse andar do transatlântico, muitos materiais se soltaram no choque e outras partes ameaçam se desprender, o que tornou o resgate perigoso. Embora as equipes de socorro já tenham chegado até onde está, ele ainda não foi retirado da embarcação. Os bombeiros localizaram Giampetroni a partir dos barulhos que seguiram desde as primeiras horas deste domingo no interior das alas do cruzeiro naufragado.
Os outros dois sobreviventes foram resgatados do interior da cabine do navio que ocupavam na noite passada, 24 horas após o acidente. Trata-se de um casal de recém-casados coreanos, Hye Jim Jeong e Kideok Han, ambos de 29 anos, que estavam em viagem de núpcias.
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Três pessoas morreram no acidente com o cruzeiro mais importante da companhia italiana Costa Cruzeiros, um peruano membro da tripulação e dois turistas franceses. Segundo as últimas estimativas dos bombeiros, os feridos somam cerca de 50 (dois em estado grave) e os desaparecidos 40. Os sobreviventes relataram cenas de caos no momento do naufrágio, comparando o incidente com cenas do filme "Titanic".
Capitão - No sábado, o capitão do transatlântico, Francesco Schettino, de 52 anos, foi preso, e pode ser indiciado por homicídio culposo. De acordo com o jornal italiano La Repubblica, o capitão foi interrogado e disse que o navio atingiu uma pedra que não constava nos mapas náuticos. Porém, membros da tripulação acusaram Schettino de imperícia, o que teria provocado o acidente. Ele já foi interrogado e depois levado à prisão de Grosseto, onde deve aguardar uma audiência marcada para a próxima semana.
Contexto - A embarcação tinha 4.234 pessoas a bordo – 53 eram brasileiras, segundo o consulado-geral do Brasil em Roma. Todos os brasileiros já foram identificados e retirados da área, na região da Toscana. A embarcação fazia uma viagem pelo Mediterrâneo e saiu do porto de Civitavecchia, a 80 quilômetros da capital Roma, com destino a Savona, no norte do país. Na sexta-feira, cerca de 2 horas depois de zarpar, por volta das 21h30 (18h30 de Brasília), aconteceu o naufrágio.